Pipoca preparada no infravermelho? É o que estes cientistas aprontaram
Pesquisadores do Irã mostram que é possível e ecologicamente correto; será o fim do "reinado" do micro-ondas?
Da panela para o micro-ondas, a pipoca clássica pode ganhar um novo jeito de ser preparada. Pesquisadores descobriram que é possível fazê-la a partir do cozimento infravermelho.
A viabilidade foi demonstrada em um artigo recente, publicado no site da ACS Food Science and Technology, pelo pesquisador Mahdi Shavandi e coautores, da Organização de Pesquisa do Irã para Ciência e Tecnologia.
O método se mostra rápido e eficiente em termos de uso de energia, sendo considerado ecologicamente correto em comparação com as outras formas de preparo.
Resultados do experimento
No artigo que analisa o “Efeito sobre os Principais Atributos Físico-Químicos da Pipoca”, os pesquisadores relatam a ação do infravermelho contínuo (Co-IR) estourando em diferentes potências [600, 700 e, 800 W (W) Co-IR power] e a uma distância constante da amostra sobre as principais propriedades físico-químicas da pipoca.
As cores foram significativamente alteradas no processo e o maior aumento no tamanho da cavidade da pipoca foi determinado com potência Co-IR de 800 W. Porém, a maior aceitação do consumo de milhos estourados foi obtida com 700 W.
Este foi o primeiro estudo sobre o uso da tecnologia de expansão IR para a pipoca e permitiu entender que o método é eficiente no processo de estouro dos grãos. A radiação infravermelha já é usada para aquecimento, secagem, torrefação, cozimento e descontaminação microbiana.
Curiosidade sobre a origem da pipoca
Não se tem registro de quando ou quem foi o responsável pela invenção da pipoca, mas tudo indica que o alimento surgiu nas populações indígenas americanas que utilizavam o milho de diferentes formas.
Estima-se que o milho começou a ser cultivado no México, aproximadamente 9 mil anos atrás. Alguns relatos baseiam-se em provas arqueológicas e referências indicam que a primeira pipoca estourada propositalmente veio pelas mãos dos índios americanos, por volta de 2 mil anos atrás.