Polícia acha suspeito de assassinato nos EUA usando DNA de parentes
Não é comum o uso de DNA de terceiros para mapear assassinos; agora, até mesmo um parente distante pode ajudar a incriminar alguém
Policiais dos Estados Unidos usaram dados públicos de genealogia para localizar o suspeito de quatro assassinatos cuja resolução, até então, parecia um beco sem saída.
No dia 13 de novembro, Ethan Chapin (20) Madison Mogen (21), Xana Kernodle (20) e Kaylee Gonçalves (21), estudantes da Universidade de Idaho, foram esfaqueados até a morte em uma casa perto do campus, na cidade de Moscow.
Apesar de nunca ter disponibilizado seu DNA ao governo, o Bryan Christopher Kohberger (28) foi ligado ao crime a partir de materiais genéticos de parentes.
Os bancos de dados de genealogia têm sido cada vez mais explorados pela polícia. A principal vantagem é que, mesmo sem um suspeito predeterminado (do qual, no método tradicional, se recolhe o DNA diretamente), os policiais agora podem recolher o DNA de uma cena do crime e fazer com que um computador compare o material genético com milhares de outros materiais em bancos públicos.
Caso haja alguma compatibilidade de parentes, como pais, filhos e irmãos, que compartilham material genético entre si, uma linha de investigação já pode ser instaurada.
O suspeito é doutorando em criminologia na Universidade Estadual de Washington, localizada a poucos quilômetros da Universidade de Idaho. A arma do crime ainda não foi localizada.
Kohberger estava a milhares de quilômetros do local do crime quando os agentes o identificaram. Agora, ele está voltando para Idaho e deve ser julgado pelos assassinatos logo em seguida, segundo a CNN. Até que isso aconteça, a polícia informou que não está autorizada a revelar mais informações sobre o caso.