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Por que a ciência consegue congelar óvulos, mas não órgãos?

Fertilização in Vitro (FIV) já existe há muito tempo, então quais são os motivos para não conseguirmos congelar órgãos?

22 jun 2024 - 05h00
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Foto: Freepik

Cientistas da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, conseguiram fazer algo que até então só era visto em filmes: congelaram e descongelaram órgãos de camundongos, de uma forma que é possível usá-los depois para transplantes.

Parece ficção científica, mas na revista Nature Communications, os pesquisadores publicaram que fizeram transplantes de rins “congelados” – essencialmente pelo método de criopreservação – em cinco camundongos. Mesmo com o grupo pequeno, pela técnica experimental, eles foram armazenados por até 100 dias.

A criopreservação é uma técnica que utiliza temperaturas extremamente baixas para preservar materiais biológicos, como células e tecidos, podendo chegar a 196º C negativos. Nesse experimento, a intenção é impedir o deterioramento dos materiais após esse processo, mas é muito difícil.

Por outro lado, a Fertilização in Vitro (FIV) já tem sucesso há anos em congelar e descongelar óvulos e embriões humanos. No fim, a questão fica: por que conseguimos preservar um (por anos, inclusive) e outro não?

Diferenças nos materiais

A diferença está no tamanho e complexidade dos materiais biológicos. Óvulos e embriões são estruturas celulares menores e menos complexas do que um órgão, o que facilita o processo de criopreservação e descongelamento sem causar danos significativos.

Já os órgãos, por serem muito maiores e mais complexos, enfrentam o problema da formação de cristais de gelo (cristalização) durante o processo, o que pode causar lesões graves e irreparáveis às células.

Óvulos são células únicas, onde a formação de cristais de gelo é mais controlada. Além disso, na técnica de vitrificação, que tem altas concentrações de agentes crioprotetores e um resfriamento rápido, evita a cristalização que danificaria a célula.

Além disso, sua composição celular uniforme facilita a penetração dos agentes crioprotetores. O tamanho também ajuda na hora de reduzem o risco de lesões. No fim, há uma taxa de sucesso muito maior na da criopreservação na FIV.

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Sucesso do estudo

No estudo da Universidade de Minnesota, uma nova técnica foi utilizada na hora de descongelar o órgão. 

de óxido de ferro, em conjunto da solução crioprotetora, foram injetadas no órgão. Ainda, os cientistas usaram pequenas ondas eletromagnéticas para esquentar a estrutura por dentro, evitando a cristalização.

No experimento, os cientistas transplantaram tanto órgãos vitrificados quanto enxertos de rins recém-extraídos. Um rim foi refrigerado a 4°C por 60 horas, mas essa cirurgia falhou e o camundongo foi sacrificado.

Os animais com rins recém-extraídos tiveram melhores resultados, produzindo urina em poucos minutos, enquanto os rins nanoaquecidos demoraram 40 a 45 minutos. Nas duas primeiras semanas após a cirurgia, os rins aquecidos apresentaram mais disfunções metabólicas, mas essa dificuldade foi superada na terceira semana.

Fonte: Redação Byte
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