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Por que as crateras mais antigas da Terra estão desaparecendo?

Ciência resolve mistério de crateras de mais de dois bilhões de anos que se tornaram "invisíveis"

3 ago 2023 - 11h58
(atualizado às 17h33)
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Processos erosivos ocultam grandes crateras
Processos erosivos ocultam grandes crateras
Foto: Char Beck/Unsplash

As crateras mais antigas da Terra estão desaparecendo devido à erosão e processos geológicos, tornando-se quase indetectáveis. É o que afirma um estudo publicado na terça-feira (1) no periódico Journal of Geophysical Research Planets.

Os buracos "invisíveis" se formaram devido a eventos de impacto, como a queda de asteroides, há mais de 2 bilhões de anos. Marte, Mercúrio e a Lua têm crateras com mais de 4 bilhões de anos, enquanto na Terra não foram encontradas crateras com nem metade da idade.

Os cientistas conseguem rastrear vestígios marginais, como restos de rochas derretidas. A dificuldade, entretanto, é localizar vestígios específicos no local da cratera. A erosão constante e processos geológicos característicos de nosso planeta foram apontados como os culpados. 

"Assim que a cratera se forma, ela começa imediatamente a ser destruída pela erosão. À medida que a crosta erode, as evidências do impacto também desaparecem", disse Matthew Huber, coautor do artigo, ao portal Newsweek.

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O estudo investigou a cratera de impacto de Vredefort, na África do Sul, com cerca de 2 bilhões de anos e 300 km de diâmetro. Estimando que o buraco tinha cerca de 10 km de erosão, eles analisaram as rochas de lá para ver se elas tinham características geofísicas iguais ou diferentes das rochas que não sofreram um evento de impacto.

Como resultado, descobriram que as rochas da cratera são indistinguíveis daquelas que não sofreram colisões. Em termos simples, isso significa que cientistas não são capazes de identificar crateras com mais de 10 km de erosão usando técnicas geofísicas. 

"Quanto mais velha é uma cratera, maior a probabilidade de ter sofrido erosão. Usamos a taxa média de erosão durante um longo período de tempo para estimar quanto tempo levaria para atingir 10 km de erosão e descobrimos que cerca de 2 bilhões de anos é o limite. Mais velho do que isso, é provável que qualquer cratera teria erodido abaixo do seu limite de detecção ", disse Huber.

Assim, diz o estudo, diversas antigas crateras de impacto podem existir em algum lugar da Terra, mas sem qualquer guia para apontar em sua direção, o que as tornam praticamente invisíveis sob o olhar da ciência.

Fonte: Redação Byte
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