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Por que Brasil pode trocar vacina oral contra pólio pela versão injetável

Zé Gotinha deve seguir como mascote oficial de campanhas pelo país

15 jun 2023 - 17h44
(atualizado às 18h02)
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Brasil pode mudar modelo de vacinação contra a poliomelite
Brasil pode mudar modelo de vacinação contra a poliomelite
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Brasil pode estar próximo de trocar a vacina oral contra a poliomielite pela versão injetável do imunizante — o popular Zé Gotinha, entretanto, deve seguir como mascote oficial de campanhas pelo país.

Segundo fontes ouvidas pela Folha de São Paulo, o objetivo do Ministério da Saúde é evitar uma possível volta da poliomielite por meio de uma variação do vírus que pode surgir da vacina oral em casos raros.

Por quê?

  • A vacina oral contra a polio tem o vírus da pólio vivo e enfraquecido;
  • Ele prolifera no intestino do vacinado sem causar doença, gerando proteção, e é eliminado nas fezes;
  • Em casos raros, o vírus vacinal pode sofrer mutações dentro do organismo e causar doença em quem não está vacinado após ser eliminado no esgoto;
  • A versão injetável da vacina carrega o vírus inativado, que não tem como causar a doença.

Segundo a Folha, o Ministério da Saúde ainda pautará o tema na CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização).

Nesta quinta (15), a ministra da saúde Nísia Trindade tamém abordou o tema durante uma audiência no Senado pelo Dia Nacional da Imunização. Ela afirmou que o Brasil tem “alto risco” de voltar a registrar casos de poliomielite devido à queda na procura pela vacina contra a doença.

“Essa baixa das coberturas vacinais se agravou nos últimos quatro anos. Infelizmente o Brasil passou a fazer parte da lista de países de alto risco para reintrodução de doenças que estavam eliminadas do ponto de vista da circulação dos agentes e vírus que as causavam", disse.

O que é a poliomielite?

A poliomielite é uma doença contagiosa aguda, causada pelo poliovírus, que pode infectar tanto crianças quanto adultos. Em casos graves, pode acarretar paralisia nos membros inferiores e, por isso, recebe o nome de paralisia infantil. 

Para controlar a transmissão do agente, a maioria dos países e agências internacionais investe na vacinação de crianças, que é a forma mais segura de prevenção.

O vírus da pólio é transmitido através do contato entre pessoas — do espirro ou da tosse —, mas também pode ser contraído a partir de alimentos ou água contaminada por fezes de uma pessoa que já está doente.

No Brasil, o último caso oficial da poliomielite foi identificado em 1989. Em 1994, o país recebeu o certificado de erradicação da doença.

Quais os sintomas e sequelas da poliomielite?

Entre os principais sintomas da poliomielite, estão:

  • Febre;
  • Mal-estar;
  • Dor de cabeça;
  • Dor de garganta;
  • Dor no corpo;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Constipação (prisão de ventre);
  • Espasmos;
  • Rigidez na nuca;
  • Meningite;
  • Flacidez muscular, em especial nos membros inferiores.

As principais sequelas da poliomielite são:

  • Paralisia de uma das pernas;
  • Problemas e dores nas articulações;
  • Pé torto (pé equino), em que a pessoa não consegue andar, porque o calcanhar não encosta no chão;
  • Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e se incline para um lado. A condição tende a provocar escoliose;
  • Osteoporose;
  • Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, gerando um acúmulo de secreções na boca e na garganta;
  • Dificuldade de fala;
  • Atrofia muscular;
  • Hipersensibilidade ao toque.
Fonte: Redação Byte
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