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Por que chove diamante em alguns planetas? Veja onde e como isso ocorre

Evidência mostram que esse fenômeno pode acontecer em condições menos extremas do que pensadas anteriormente

3 jun 2024 - 05h00
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Resumo
Astrônomos descobriram que pode ocorrer chuva de diamantes em temperaturas moderadas dentro dos gigantes Netuno e Urano, sugerindo que outros exoplanetas gelados também estejam sujeitos ao fenômeno.
Foto: Chil Vera / Pixabay

Astrônomos confirmaram um fenômeno interessante dentro dos gigantes Netuno e Urano: a chuva de diamantes. Em um estudo publicado na revista Nature Astronomy este ano, cientistas explicaram quais são as condições necessárias para que esse evento ocorra.

Pesquisadores acreditam que esse acontecimento é possível em planetas menores, o que não era considerado possível antes.

Além disso, é estimado que entre os 5,6 mil exoplanetas já identificados, mais de 1,9 mil poderiam apresentar ter essa chuva.

Como ocorre

A chuva de diamantes pode ocorrer em temperaturas menos extremas do que se pensava anteriormente, segundo o estudo. Isso sugere que os céus de diversos exoplanetas gelados em todo o universo podem estar carregados de diamantes.

A descoberta foi feita a partir de observações de Urano e Netuno, pois já era conhecido que os planetas eram compostos de metano, água e amônia.

Por meio de um modelo matemático, os astrônomos estimaram que os mantos dos planetas têm temperaturas aproximadas de seis 6 mil graus Celsius e pressões cerca de 6 milhões de vezes superiores às da atmosfera terrestre.

Nessas condições, a conclusão do estudo foi de que o metano libera carbono, por ter suas moléculas quebradas. Em seguida, se agruparia em longas cadeias, comprimidas para formar padrões semelhantes aos diamantes.

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Assim, a pesquisa aponta que a chuva de diamantes desce pelas camadas do manto até que se tornem muito quentes, eventualmente se vaporizando, e o ciclo se repete.

Detalhes da pesquisa

Até então, somente dois tipos de experimentos tinham sido feitos para investigar as condições do fenômeno. Há o chamado teste de compressão dinâmica, que envolve dar um choque súbito nos compostos de carbono. O experimento requer temperaturas e pressões muito mais elevadas para a formação de diamantes.

Já o segundo é feito por compressão estática, em que se coloca os elementos dentro de uma câmara que os comprime aos poucos. Foi este tipo de experimento que os pesquisadores utilizaram no novo estudo.

Os pesquisadores optaram por utilizar aquecimento dinâmico como método para comprimir um tipo de polímero denominado poliestireno. Depois, aplicaram pressão e expuseram o elemento a pulsos de luz de raios-X.

Os cientistas observaram que os diamantes começaram a se formar em temperaturas em torno de 2200°C e sob pressões de cerca de 19 gigapascals. Essas condições são similares àquelas encontradas nas camadas mais superficiais de Netuno e Urano, onde não se esperava a ocorrência de chuvas de diamantes.

Esses valores são consideravelmente mais baixos do que os previamente estimados como necessários para a formação de diamantes.

Porém, a compressão demorou mais do que o normal. Os pesquisadores acreditam que essa é a razão pela qual os experimentos anteriores não haviam detectado a formação das joias.

Fonte: Redação Byte
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