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Por que cientistas cultivam células cerebrais humanas em laboratório?

Culturas de tecidos que replicam aproximadamente as funções de um órgão são chamadas de organoides. A prática leva a inúmeros avanços no mundo da ciência

10 nov 2022 - 12h01
(atualizado em 11/11/2022 às 12h28)
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Atualmente, uma série de cientistas mantém células cerebrais humanas em laboratório, tendo em mente diferentes premissas. Uma delas é investigar o cérebro e as condições que o afetam. No entanto, ainda existem desafios em torno dessa prática, principalmente no que diz respeito a ética.

Essas culturas de tecidos que replicam aproximadamente as funções de um órgão são chamadas de organoides. Os organoides são particularmente úteis quando podem ser usados para criar modelos de órgãos ou tecidos que não podem ser facilmente replicados de outra forma. O cérebro é um exemplo de alto risco e de difícil biópsia.

O primeiro organoide cerebral foi feito a partir de células-tronco induzidas de um paciente com microcefalia, condição em que o tamanho do cérebro é reduzido. Na ocasião, os cientistas usaram este modelo para descobrir que a diferenciação neuronal prematura era provavelmente a causa por trás do tamanho reduzido do cérebro.

Desde que esses organoides iniciais foram desenvolvidos, a complexidade as informações coletadas deles aumentaram. Para se ter uma noção, um estudo publicado no ano passado demonstrou alterações celulares em organoides — após aproximadamente nove meses in vitro — que mimetizaram as observadas em recém-nascidos.

A capacidade de modelar o desenvolvimento do cérebro fetal no laboratório também permitiu obter maior clareza sobre o impacto de diferentes medicamentos no desenvolvimento do cérebro no útero.

A ética por trás do cultivo de células cerebrais

Foto: DS stories/Pexels / Canaltech

O foco da ciência atualmente tem sido testar a interação entre organoides e animais. Recentemente, pesquisadores inseriram um organoide derivado de células humanas dentro do cérebro de um rato, por exemplo. No entanto, esse tipo de prática desperta questões éticas.

As diretrizes de bem-estar animal já fornecem uma estrutura para que este tipo de trabalho seja feito de forma ética, e cobrem a criação de células de duas espécies combinadas. Logo, esses híbridos com não primatas são permitidos. Os pesquisadores da área afirmam que os benefícios potenciais da pesquisa em torno das células cerebrais humanas cultivadas em laboratório precisam ser considerados.

Fonte: Medical News Today

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