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Por que Elon Musk está demitindo tanta gente no Twitter?

Elon Musk assumiu a plataforma há uma semana e quer "acelerar projetos"; desligamentos ocorrem em escritórios de todo o mundo

4 nov 2022 - 12h14
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1 semana de Elon Musk e Twitter tem metade dos funcionários cortados
1 semana de Elon Musk e Twitter tem metade dos funcionários cortados
Foto: Forbes

O Twitter fechou temporariamente seus escritórios nesta sexta-feira (4) após dizer aos funcionários que vai informá-los por e-mail sobre potenciais demissões. Segundo fontes, a empresa “reduzirá a força de trabalho global” a partir desta sexta. Pessoas não identificadas disseram à agência de notícias Bloomberg que a rede social pretende demitir 3.700 pessoas para “cortar gastos”. 

Diversos empregados foram à própria rede social para informar a demissão e desejar, ironicamente, boa sorte a Elon Musk, novo CEO da empresa. “Fui demitido do Twitter esta manhã. Eu era responsável pela Repressão de Análise de Dados. Boa sorte Elon”, escreveu um perfil.

Os desligamentos ocorrem uma semana depois que o bilionário se tornou o novo proprietário do Twitter e rapidamente começou a mudar a forma como a plataforma opera seu roteiro de produtos. Desde então, as especulações sobre o momento e rumores dos desligamentos corriam soltas na rede — e já eram previsíveis.

Demissões em massa

No último domingo (30), através de um tuíte, Musk negou uma reportagem do New York Times sobre demitir funcionários do Twitter antes do dia 1º de novembro para evitar o pagamento de subsídios de ações devidos no dia.

A rede social tem, no momento, demissões ocorrendo em diversos escritórios espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil. Segundo o jornal Valor, a companhia cortou parte dos 150 funcionários que mantém no país. Representantes da companhia não comentaram o assunto.

Antes mesmo de assumir o comando da plataforma, em junho, Musk teria dito que “neste momento, os custos excedem a receita”. 

Em uma transcrição vazada da reunião do bilionário com a empresa, o dono da Tesla disse: “Não é uma boa situação para se estar. Teria que haver alguma racionalização de pessoal e despesas para que a receita fosse maior que o custo. Caso contrário, o Twitter simplesmente não é viável ou não pode crescer”, afirmou.

Assim que o novo dono do Twitter assumiu, ele demitiu executivos como o antigo CEO da rede social Parag Agrawal, e a ex-chefe de políticas da empresa, Vijaya Gadde. Ele também dissolveu o conselho de administração, se tornando o único diretor da plataforma. 

Processos e aumento da jornada de trabalho

Agora, funcionários do Twitter estão processando a rede social por não respeitar uma lei da Califórnia sobre aviso prévio de demissão. De acordo com a Bloomberg, a ação foi protocolada na quinta-feira (3) e versa sobre a nova leva de dispensas promovida por Elon Musk.

Para além das demissões e processos, Musk teria decretado o fim do trabalho remoto no Twitter — embora algumas exceções possam ser feitas  — e quer que os funcionários trabalhem em turnos de 12 horas por dia, sem nenhuma folga semanal, segundo informações do RadarOnline. 

Segundo a reportagem, a alegação do bilionário seria acelerar o desenvolvimento de novos projetos de codificação e a implantação de um serviço renovado de verificação — quem quiser o selo azul na plataforma terá que desembolsar US$ 8 (R$ 40), segundo Musk.

O magnata ainda não se pronunciou publicamente sobre as demissões em massa, tampouco sobre os processos.

Fonte: Redação Byte
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