Por que EUA querem impedir empresa de recuperar objetos do Titanic?
Governo argumenta que local do naufrágio é protegido por lei federal e acordo internacional
O governo dos Estados Unidos está se opondo a uma expedição planejada para recuperar itens históricos do naufrágio do Titanic. A iniciativa é da RMS Titanic, empresa sediada no estado da Geórgia que detém os direitos de recuperação do navio.
• Os EUA argumentam que o local do naufrágio do Titanic é tratado como um memorial, segundo a lei federal e um acordo com a Grã-Bretanha, devido às mais de 1.500 pessoas que morreram no acidente em 1912.
• O impasse não tem relação com o recente acidente envolvendo o submersível Titan, da OceanGate.
• Autoridades afirmam que entrar no naufrágio e mexer nos destroços pode prejudicar artefatos e quaisquer restos humanos remanescentes.
• Segundo a RMS Titanic, a expedição, marcada para maio de 2024, não deve causar danos físicos ou alterações estruturais nos restos do navio.
• O objetivo é usar um pequeno veículo operado remotamente para entrar nos destroços sem danificar o casco. Objetos acoplados ou presos presos à estrutura também não serão removidos, disse a empresa à agência de notícias Associated Press (AP).
• Um dos alvos principais da RMS Titanic é a sala Marconi, que abriga a máquina telegráfica de mesmo nome usada para transmitir os sinais de socorro a outros navios na ocasião do acidente.
• A empresa pretende colaborar com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), mas não planeja buscar autorização, segundo a AP.
• Os EUA, por outro lado, afirmam que a empresa precisa da aprovação do Secretário de Comércio dos Estados Unidos, que por sua vez supervisiona a NOAA.
• A RMS Titanic argumenta que possui direitos de salvamento e jurisdição com base em precedentes históricos marítimos.
• A empresa já tentou buscar autorização na justiça para recuperar objetos do navio, mas os planos foram adiados devido à pandemia de covid-19.