Por que foguete Falcon 9 da SpaceX não conseguiu retornar à Terra
Missão exigia mais energia para colocar em órbita satélite de quase 5,5 toneladas; não havia combustível suficiente para trazê-lo de volta
O foguete Falcon 9 lançou na terça-feira (22) a missão Eutelsat 10B para uma órbita do Complexo de Lançamento Espacial, na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA). No entanto, o 11º voo de um booster (foguete propulsor) da SpaceX, companhia espacial do bilionário Elon Musk, não retornou à Terra.
Segundo o site italiano Astrospace, esta é a terceira vez em 2022 em que não vemos o retorno de um propulsor, no total de 53 lançamentos da empresa. Esta última missão havia sido adiada na véspera, na segunda-feira (21), para dar à SpaceX mais tempo para realizar “check-ups adicionais antes do voo”.
Parte do foguete era um dos ativos mais antigos da empresa, em serviço desde 2018. Em cerca de 35 minutos de missão, um satélite de comunicações da operadora francesa Eugelsat foi colocado em órbita.
Essa missão exigia mais energia para colocar em órbita o satélite de quase 5,5 toneladas e não havia combustível suficiente para trazer o propulsor de volta. A companhia normalmente pousa o booster logo depois do lançamento.
O Eutelsat 10B está programado para fornecer serviços de banda de telecomunicações Ku para clientes de aviação e marítimos em áreas de alto tráfego na Europa, Bacia do Mediterrâneo, Oriente Médio, África, Oceano Atlântico e Oceano Índico.
Além disso, o satélite em órbita carrega duas cargas de banda C e Ku para substituir os serviços de transmissão de TV fornecidos pelo Eutelsat 10A a 10 graus leste, que deve atingir o fim de sua vida operacional no final de 2023.
