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Por que fugimos da dieta quando nos estressamos? Ciência tem a resposta

Estudo mostrou que o estresse pode anular os sinais naturais de saciedade e estimular o desejo por alimentos doces

25 ago 2023 - 10h37
(atualizado em 30/8/2023 às 16h57)
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Pesquisa esclarece a ligação entre o estresse crônico e a alimentação reconfortante
Pesquisa esclarece a ligação entre o estresse crônico e a alimentação reconfortante
Foto: Showmetech

Em uma investigação liderada por cientistas da Divisão de Neurociências do renomado Instituto de Pesquisa Médica Garvan, da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália, cientistas descobriram como a interação entre o estresse e dietas ricas em calorias resulta em um fenômeno inusitado: a incapacidade de sentir plena satisfação após comer.

Ao cruzar os campos da neurociência e da nutrição, o estudo revela que o estresse tem a capacidade de anular uma resposta natural do cérebro, responsável por atenuar o prazer associado à alimentação.

Segundo o professor Herbert Herzog, autor sênior da pesquisa e cientista do Instituto Garvan, essa descoberta lança luz sobre a contínua busca por alimentos, mesmo após as refeições, desvendando um intricado sistema de recompensas cerebrais em jogo.

Satisfação ao comer

O estudo, publicado este ano na revista científica na Neuron, descobriu que o estresse anulou a resposta natural do cérebro do rato à saciedade, levando a sinais de recompensa ininterruptos que promovem a ingestão de alimentos mais saborosos.

Isso ocorreu em uma parte do cérebro chamada habênula lateral, que quando ativada geralmente amortece esses sinais de recompensa.

“Nossas descobertas revelam que o estresse pode anular uma resposta natural do cérebro que diminui o prazer obtido ao comer – o que significa que o cérebro é continuamente recompensado para comer”, disse Herzog em um comunicado.

A pesquisa

No estudo, cientistas investigaram em modelos de camundongos como diferentes áreas do cérebro respondiam ao estresse crônico sob diversas dietas

Para induzir o estresse, os ratos foram expostos a um novo ambiente durante uma hora, várias vezes por semana. Como resultado, os pesquisadores observaram aumento do comportamento de ansiedade e num aumento acentuado nos níveis séricos de corticosterona, um marcador clássico de estress crónico.

Os pesquisadores descobriram que a combinação de estresse crônico e uma dieta hipercalórica também levou a mudanças no cérebro.

“Descobrimos que uma área conhecida como habênula lateral, que normalmente está envolvida no desligamento da resposta de recompensa do cérebro, estava ativa em camundongos com uma dieta rica em gordura e de curto prazo para proteger o animal de comer demais”, disse o primeiro autor, Kenny Chi Kin Ip, que é professor da UNSW.

Eles também avaliaram o ganho de peso nos camumdongos e descobriram que os animais estressados com uma dieta rica em gordura ganharam duas vezes mais peso do que ratos com a mesma dieta que não estavam estressados.

De acordo com Herzog,  esta pesquisa enfatiza o quanto o estresse pode comprometer um metabolismo energético saudável.

“É um lembrete para evitar um estilo de vida estressante e, o que é crucial – se você estiver lidando com estresse de longo prazo – tente seguir uma dieta saudável e guarde a comida lixo.”

Fonte: Redação Byte
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