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Por que o Japão é um dos países com mais terremotos?

A geografia é o principal motivo para o país concentrar milhares de tremores em um curto período

3 jan 2024 - 18h27
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Um poderoso terremoto no dia de Ano Novo de 2024 derrubou casas no centro do Japão
Um poderoso terremoto no dia de Ano Novo de 2024 derrubou casas no centro do Japão
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O Japão iniciou o ano de 2024 com mais um tremor devastador. Mais de 50 pessoas morreram após o país registrar um terremoto de magnitude 7,6, que causou ondas de tsunami e destruiu estradas, causou danos na energia, serviços de transporte e infraestrutura.

Anualmente, o Japão tem cerca de 1.500 tremores, de acordo com a companhia de trens do país. Mas, por que isso ocorre?

A geografia é o principal motivo para o país concentrar milhares de tremores em um curto período. O Japão está localizado no Círculo de Fogo do Pacifico, limite de várias placas tectônicas, sendo a maior delas a Placa do Pacifico.

Em reportagem do portal Uol, o diretor da Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo), Fábio Reis, afirmou que entre as regiões no círculo estão a Cordilheira dos Andes, a Costa Oeste dos Estados Unidos e do México, a Indonésia e o Japão. Essas áreas são marcados por intensa atividade sísmica e de vulcões. 

Como o Japão se previne contra terremotos? Como o Japão se previne contra terremotos?

Círculo de Fogo do Pacifico

O Círculo de Fogo do Pacífico - também conhecido como Anel de Fogo do Pacífico - é uma série de pelo menos 450 vulcões ativos ou temporariamente adormecidos ao longo de áreas costeiras.

Ele transcorre por toda extensão da costa do Oceano Pacífico. A cadeia vulcânica semicircular começa com uma ramificação no Oceano Índico e continua através da Indonésia, Sumatra e Malásia até a Placa das Filipinas.

A partir daí, o anel abrange toda a Placa do Pacífico, a Placa Juan de Fuca (localizada em frente à costa do Canadá e dos estados americanos de Washington e Oregon), a Placa de Cocos (localizado no Pacífico em frente à América Central) e a Placa de Nazca (em frente à América do Sul). A atividade sísmica é elevada em toda a região.

Qual o perigo para população da área?

Cerca de 90% de todos os terremotos no mundo ocorrem dentro deste "círculo de fogo". Isso também significa que pessoas na Indonésia, Filipinas, Malásia, Japão, Austrália ou nos estados insulares da Melanésia, Micronésia e Polinésia têm que viver sob constantes ameaças. 

Mas a dimensão dos perigos não é a mesma para todos: o risco de terremotos é alto em lugares mais elevados ou perto dos limites das placas. A situação de ameaça pessoal depende muito da arquitetura e da prevenção de desastres. Ao longo das áreas costeiras, há o perigo de tsunami.

Por que existem tantos vulcões ao longo do "círculo de fogo"?

As placas tectônicas que formam o manto terrestre flutuam continuamente sobre camadas de rochas parcialmente sólidas e parcialmente derretidas. Nos lugares onde as placas colidem ou se despedaçam, a terra se mexe literalmente.

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Alguns vulcões podem se formar onde o manto é dilacerado - por exemplo, no Havaí, no meio da Placa do Pacífico. A maioria dos vulcões se localiza na região de encontro das placas tectônicas. Montanhas, como os Andes na América do Sul ou as Montanhas Rochosas na América do Norte, foram criadas dessa forma.

Zonas de subducção

A área sísmica na qual o Japão está localizado se situa nas costas do Oceano Pacífico e “caracteriza-se por concentrar algumas das zonas de subducção mais importantes do mundo, o que provoca intensa atividade sísmica e vulcânica no território que abrange”, segundo à Universidade Autônoma de Nuevo León (UANL).

O Serviço Geológico do Japão menciona que o país está localizado ao longo de zonas de subducção, o que causa “muitas ocorrências de terremotos todos os anos”.

Subducção é o nome de um dos processos de colisão típico do Círculo de Fogo do Pacífico. Aqui, uma placa tectônica desliza sob a outra. A imensa pressão que a placa deslocada para baixo exerce sobre o magma no interior da Terra faz com que se procure um caminho para a superfície no limiar da placa. É assim que nascem os vulcões.

Fonte: Redação Byte
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