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Por que orçamento de US$ 25 bilhões da Nasa para 2023 ainda será pouco

Nasa já está atrasada em seu plano de encontrar 90% dos objetos com cerca de 140 metros de diâmetro que estão no espaço

27 dez 2022 - 16h48
(atualizado às 16h49)
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Veículo espacial Starship, da SpaceX
Veículo espacial Starship, da SpaceX
Foto: SpaceX

O Congresso americano aprovou o orçamento de US$ 25,384 bilhões (cerca de R$ 132 bilhões) para projetos da Nasa. O valor inclui o financiamento total para um segundo módulo de pouso lunar do programa Artemis, para além da atual nave Starship, da SpaceX.

O montante ainda é menor do que os quase US$ 26 bilhões pedidos pela Casa Branca em março deste ano. No entanto, em comparação ao ano passado, levando em conta as taxas de inflação atuais, a agência tem menos dólares para trabalhar. 

Quando pensamos no valor total, a Nasa recebeu apenas 5,6% a mais do que os US$ 24,041 bilhões recebidos no ano fiscal de 2022. 

Segundo a SpaceNews, a ciência em geral nos Estados Unidos recebe US$ 7,795 bilhões (R$ 411 bilhões), sendo esse valor cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,54 bilhão) abaixo do que é solicitado. 

Dentro desse bolo, as ciências planetária e heliofísica recebem um pouco mais que o solicitado, enquanto a astrofísica, as ciências da Terra, biológicas e físicas sofrem cortes.

Telescópio NEOCam recebeu mais

O novo telescópio espacial Near Earth Object Surveyor (NEOCam), porém, recebeu US$ 90 milhões, mais que o dobro pedido pela Nasa, num esforço de que ele chegue o mais rápido possível ao espaço. O Congresso já tinha expressado preocupações sobre um possível adiamento do lançamento dele para 2028.

Telescópio Near Earth Object Surveyor, conhecido como NEOCam
Telescópio Near Earth Object Surveyor, conhecido como NEOCam
Foto: NASA/JPL-Caltech

A apreensão vem do fato de que a Nasa está atrasada em seu plano de encontrar 90% dos objetos com cerca de 140 metros de diâmetro que estão no espaço. Segundo a agência, o dinheiro extra recebido não é suficiente para lançar o telescópio em 2026, como estava previsto. 

Menos concentrado

Duas equipes principais tinham se inscrito para oferecer Serviços de Pouso Humano para a Lua na última solicitação para o projeto do módulo lunar, em 6 de dezembro deste ano. A Blue Origin, de Jeff Bezos, lidera a candidatura, que também inclui empresas como a Lockheed Martin, Draper, Boeing, Astrobotic e Honeybee Robotics. 

A necessidade de uma outra empresa para realizar esse tipo de serviços surgiu após o conturbado processo de licitação do projeto HLS (Harmonized Landsat Sentinel-2, em inglês), de monitoramento da Terra via coleta de dados por satélites. A seleção da SpaceX como única responsável deu origem a protestos e um processo anulado.

Fonte: Redação Byte
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