Por que os celulares hoje têm tantas câmeras?
Tendência só tem crescido entre smartphones de diversas marcas. Principal objetivo é ampliar a qualidade e recursos das fotografias e vídeos
Provavelmente você já notou que os celulares, nos últimos anos, estão sendo vendidos com duas, três e às vezes, até quatro ou cinco câmeras. A moda começou com a câmera dupla do HTC One M8, de 2014, continuou com a câmera tripla do modelo Huawei P20 Pro, em 2018, e não parou mais.
É claro que, no mundo das selfies, é mais do que essencial que os smartphones venham com uma câmera frontal e uma outra tradicional. Alguns modelos de celulares apresentam vários sensores, mas nem todos eles são câmeras. Por exemplo, é possível que uma das “câmeras” que você veja no seu celular seja apenas um sensor de profundidade, que ajuda a focar e desfocar com mais eficiência.
Porém, existem aparelhos que contam realmente com diversas câmeras, como é o caso do Mi Note 10, com cinco. O segredo aqui é que cada uma delas possui uma função diferente. Uma delas possui 108 megapixels (mp), duas são câmeras de zoom (uma de 2x e outra de 5x), uma outra é ultra-wide de 20 MP, para fotos mais “abertas” ou panorâmicas, e uma última é a câmera macro, de 2 MP, para objetos de perto.
Embora cada uma dessas câmeras funcione de forma independente, com uma função específica, elas também podem agir de forma complementar. É o caso das lentes de zoom, que podem se unir proporcionando uma aproximação de 10x do objeto.
Mas a ideia central dos celulares é, cada vez mais, simular as potencialidades das câmeras profissionais. Estas trazem muitos recursos diferentes a depender da lente usada. Trocando essa peça, fotógrafos podem ganhar recursos de zoom, cor ou resolução de objetos próximos, entre muitas outras possibilidades.
Da mesma forma, os smartphones tentam condensar, em um só aparelho, o que seria possível fazer com uma câmera profissional. Mas ao contrário destas últimas, que têm o mesmo sensor para várias lentes, cada uma das lentes dos smartphones tem um sensor diferente. E não é para menos: para muita gente, as câmeras são um dos pontos mais importantes na escolha de compra de um celular.
Apesar da ideia ser boa, os fabricantes costumam concentrar todos os investimentos na câmera principal e deixar as outras em segundo plano, com menos qualidade. A experiência, portanto, costuma ser bem distante da que alcançaríamos com uma EOS da Canon ou D32500, da Nikon.
Mas ainda assim, os resultados têm sido animadores. O Huawei P20 Pro, com suas três câmeras (uma de 40 MP, uma de 20 MP preta e branca e uma de 8 MP com 3x de zoom ótico) foi muito bem avaliado na época pelo teste DxOMark, um dos mais rigorosos sobre fotografia.
Atualmente, a invenção está sendo seguida por inúmeros modelos Android. Os exemplos mais recentes incluem o Moto G22, com as câmeras 50 MP (grande angular), 8 MP (ultra grande angular), 2 MP (macro) e 2 MP (profundidade); e o Galaxy M53, com quatro câmeras traseiras (108 MP + 8 MP + 2 MP + 2 MP) e opção de zoom de 10x; além de vários outros. Na Apple, o iPhone 14 Pro tem câmera tripla grande-angular de 48 MP; ultra-angular de 12 MP, e uma teleobjetiva de 12 MP.