Por que Plutão deixou de ser planeta? A ciência responde!
Em fevereiro de 1930, o astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh, descobriu o corpo celeste Plutão; naquela época, ele foi considerado como um dos planetas do nosso Sistema Solar. Infelizmente, seu tempo como planeta não durou muito tempo: em meados dos anos 2000, os cientistas decidiram que ele não poderia entrar na mesma classificação que a Terra, Marte, Júpiter, entre outros planetas do Sistema Solar.
Por algumas décadas, Plutão foi classificado como o nono planeta que orbitava o Sol, mas os astrônomos perceberam que ele carecia de algumas características consideradas importantes. Por isso, Plutão foi definido como um planeta anão.
O 'rebaixamento' do astro não aconteceu de forma simples, pois gerou uma certa controvérsia entre a comunidade científica e o público em geral — há quem discorde até hoje que ele não é um planeta anão.
No dia 24 de agosto de 2006, aproximadamente 76 anos após ser descoberto, a União Astronômica Internacional (IAU) revelou que Plutão foi reclassificado como um planeta anão. Isso acabou mudando a história do Sistema Solar — pelo menos para a humanidade.
A fim de explicar um pouco mais sobre o porquê de Plutão deixar de ser considerado o nono planeta do Sistema Solar, renuímos informações de cientistas e especialistas da área. Veja abaixo!
Por que Plutão deixou de ser planeta?
No já longínquo 1905, o astrônomo Percival Lowell já havia sugerido que Plutão existia, ao observar desvios nas órbitas de Netuno e Urano; por isso, ele pensou que deveria existir outro planeta responsável por causar essas discrepâncias. Em 1915, Lowell começou a prever a localização de Plutão, mas acabou morrendo antes da descoberta de Clyde Tombaugh em 1930.
Em 2006, a IAU definiu algumas regras que explicavam as características dos planetas e, como Plutão não seguia todas elas, ele foi reclassificado como planeta anão. Durante uma conferência que ocorreu em Praga, na República Tcheca, os astrônomos explicaram que os planetas do Sistema Solar precisariam estar de acordo com três características especificas.
Conheça as três características que definem um planeta:
O 'problema' é que Plutão não tem a última característica mencionada, ou seja, ele não limpou sua órbita o bastante para ser o planeta principal na região; objetos cósmicos do Cinturão de Kuiper compartilham da mesma órbita. Inclusive, aqueles que são contra a reclassificação afirmam que a Terra, Marte, Júpiter e Netuno também não limparam completamente as suas órbitas.
De acordo com a União Astronômica Internacional, um 'planeta anão' pode ser explicado como um corpo celeste que está na órbita do Sol e é massivo o suficiente para que seu formato esférico seja formado pelas forças gravitacionais, contudo, não limpou sua órbita o bastante para ser o principal planeta da região. Ou seja, qualquer corpo celeste que não contenha a terceira característica citada pela IUA pode ser considerado um planeta anão.
"Antes da resolução em 2006, o termo planeta não tinha uma definição funcional e era baseado em classificações anteriores a algumas das grandes descobertas modernas dentro do universo, que foram possibilitadas pelos avanços na tecnologia. Para muitos habitantes da Terra, a reclassificação de Plutão pareceu uma quebra com a tradição, e foi exatamente isso — um passo positivo em direção a uma nova luz, um novo conhecimento e uma mudança de perspectivas do universo", é explicado no site da enciclopédia Britannica.
Um dos argumentos debatidos pelas pessoas que ficaram contra a reclassificação de Plutão é que as características definidas pela IAU poderiam excluir outros corpos celestes que também seriam classificados como planetas. Outro grupo argumenta que alguns objetos cósmicos poderiam ser injustamente classificados como planetas. Há também quem achava que a nova definição causaria uma complexidade desnecessária, dividindo os corpos celestes em categorias desnecessárias.
Conforme os cientistas explicam, Plutão é formado por um núcleo rochoso que, supostamente, pode abrigar um oceano de água líquida em sua parte mais interior— a água seria coberta por uma crosta de gelo. A superfície é formada por gelo de nitrogênio e, possivelmente, gelo de metano e monóxido de carbono. Sua atmosfera é composta por nitrogênio, metano e monóxido de carbono.
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