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Por que vulcões entram em erupção?

Quando erupção está próxima de seu pico, mostra sinais como tremores de terra, aberturas no topo da estrutura geológica e explosão de gases

27 out 2022 - 05h00
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Erupção de um vulcão é um fenômeno da natureza que pode causar grandes catástrofes naturais
Erupção de um vulcão é um fenômeno da natureza que pode causar grandes catástrofes naturais
Foto: Toby Elliott / Unsplash

A erupção de um vulcão é um fenômeno da natureza que por um lado, pode causar grandes catástrofes naturais, e por outro, ser considerado uma forma de observação do interior da Terra.  Com o avanço da tecnologia e novos dados sobre radiação térmica coletados por satélites, fica cada vez mais fácil localizar zonas de perigo para erupções vulcânicas e antecipar a evacuação da população. 

Apesar de haver milhares de vulcões no mundo, ele precisa ser “ativo” para entrar em erupção. De acordo com a Geology Science, existem cerca de 1.500 vulcões potencialmente ativos em todo o mundo. A maioria dessas estruturas geológicas está localizada ao longo da costa do Oceano Pacífico, conhecida como "Anel de Fogo".

Segundo o Serviço Geológico do Brasil, o país não possui nenhum vulcão ativo, mas no fim da Era Mesozóica ocorreram manifestações vulcânicas de altíssima intensidade. Esse vulcanismo atingiu o que é hoje o sul do Brasil, mais São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de Uruguai, Paraguai e Argentina, num total de 1,2 milhão de quilômetros quadrados. É a maior área de vulcanismo basáltico existente no mundo.

Essas estruturas em forma de “cone” se formam por meio do acúmulo de magma — pasta que existe no interior do planeta, aquecida entre 600° e 1.200°C — no interior da Terra, em áreas de contato das placas tectônicas. Essas, por sua vez, estão flutuando em cima do magma.

Erupção de vulcões é díficil de não perceber

As erupções vulcânicas podem se diferenciar segundo características como intensidade, proporção e ao material expelido. Geralmente está associada às forças internas da Terra — que mantêm o magma em constante atividade.

Uma atividade vulcânica não acontece sem passar percebida. Normalmente, quando uma erupção está próxima, ela apresenta sinais como tremores de terra, aberturas no topo da estrutura geológica, explosão de gases e nuvens de vapor.

A pressão e o calor existentes no manto da Terra (uma camada interna) e a movimentação circular do magma geram o acúmulo do conteúdo que precisa ser expelido para a superfície de alguma forma.

Vista da cratera do Monte Etna, na região italiana da Sicília
Vista da cratera do Monte Etna, na região italiana da Sicília
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Com isso, a movimentação e choque das das placas tectônicas, somada à pressão e ao calor, pode resultar nas erupções vulcânicas, além de formação de montanhas, fossas oceânicas, terremotos e tsunamis. Quando o magma é expelido, ao chegar à superfície, muitas vezes de forma violenta, ele se torna lava. 

O material pode percorrer alguns quilômetros ou pode se solidificar e apenas aumentar a massa do vulcão. Além da própria lava, a erupção vulcânica pode expelir gases gerados pelas explosões, como o dióxido de enxofre — nocivo e que pode asfixiar a população ou envenenar os pulmões.

Erupções que entraram para a história 

Cidades inteiras podem ser destruídas por conta de erupções. Pompeia, uma cidade romana teve toda sua estrutura destruída e a população dizimada no ano de 79 d.C. após uma atividade vulcânica no Monte Vesúvio. Os restos arqueológicos da cidade foram encontrados no século XVIII e, desde então, têm sido alvo de estudos. 

Em 1815, a erupção do Monte Tambora é considerada o maior evento do gênero nos últimos dez mil anos e matou mais de 70 mil pessoas, seja pela ação direta da explosão ou por doenças e problemas subsequentes. A quantidade de cinzas expelida pelo vulcão de 2.850 metros de altitude provocou alterações no clima por dois anos, por criar uma barreira aos raios solares. 

O maior vulcão da Europa, o Etna, fica em Catania, na Sicília (Itália), raramente adormece e a população que vive nas férteis terras que o contornam já se habituou a ver a montanha de 3.330 metros de altitude expelir fumaça com frequência.

A última erupção propriamente dita do Etna foi registrada em janeiro de 2011, com um derramamento de lava que durou 42 minutos. Colunas de fumaça e cinzas subiram por vários quilômetros sobre o vulcão.

Fonte: Redação Byte
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