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Poucos "deepfakes" foram identificados nas eleições da UE, diz presidente da Microsoft

3 jun 2024 - 11h48
(atualizado às 15h15)
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A Microsoft não viu um uso significativo da inteligência artificial nas eleições do Parlamento Europeu para criar campanhas de desinformação, disse o presidente da empresa à Reuters.

Brad Smith estava em Estocolmo para anunciar o plano da Microsoft de investir 33,7 bilhões de coroas suecas (3,21 bilhões de dólares) para expandir sua infraestrutura de computação em nuvem e inteligência artificial na Suécia em um período de dois anos.

"Temos que reconhecer os riscos que a IA pode representar no contexto da criação de conteúdo abusivo e uma forma de conteúdo abusivo seriam falsificações", disse Smith.

A IA e as falsificações geradas com ela, conhecidas como "deepfakes", estão sendo cada vez mais usadas em eleições em outras partes do mundo, incluindo Índia, Estados Unidos, Paquistão e Indonésia.

Na Índia, vídeos de deepfake se tornaram virais com dois dos principais atores de Bollywood da Índia criticando o primeiro-ministro Narendra Modi e pedindo às pessoas que votassem no partido de oposição Congresso nas eleições gerais do país.

No mês passado, a equipe de combate à desinformação da União Europeia desmascarou um vídeo em língua russa no YouTube que dizia que os cidadãos estavam fugindo da ditadura na Polônia, membro da UE, e buscando refúgio em Belarus, um aliado próximo de Moscou.

A eleição para o Parlamento Europeu será realizada de 6 a 9 de junho, com as regras a do bloco sobre IA entrando em vigor neste mês, estabelecendo uma possível referência global para a tecnologia.

A Microsoft tem treinado candidatos ao Parlamento Europeu para monitorar a situação, disse Smith.

"Não vimos um esforço ativo para tentar explorar essas eleições", afirmou Smith. "Elas ainda não terminaram, portanto, não devemos declarar vitória."

"Estamos apenas vendo os russos focados nas Olimpíadas", disse Smith, acrescentando que a Microsoft emitirá um relatório sobre o assunto ainda nesta segunda-feira.

O Comitê Olímpico Internacional baniu o comitê olímpico russo em outubro por reconhecer os conselhos olímpicos regionais das regiões da Ucrânia ocupadas por Moscou - Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia.

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