Prédio mais alto de SP será inaugurado; veja 5 curiosidades sobre ele
Os 50 pavimentos do edifício serão ocupados por apartamentos residenciais, salas comerciais e hotel. Unidades chegam a quase R$ 12 milhões
Novo prédio mais alto de São Paulo, o Platina 220 será oficialmente inaugurado na próxima segunda-feira (5). Fogos de artifício, projeção de luzes e show fechado para convidados marcaram, na última quinta-feira (1º) a entrega do imóvel. Localizado no bairro do Tatuapé, na Zona Leste, ele é o primeiro detentor do recorde de altura construído fora da região central da capital, com seus 172 metros e 50 pavimentos.
A construção terá uso misto: lojas, hotel, apartamentos residenciais, salas comerciais e lajes corporativas. Todas essas áreas poderão ser vistas neste fim de semana pelos visitantes que adquiriram os ingressos gratuitos (já esgotados) para conhecer o empreendimento. Eles também poderão conhecer o topo do prédio, onde há um telescópio que pode ser usado para tirar fotos da Lua e estrelas.
Confira curiosidades sobre a altura, a construção, o preço e a estrutura do novo edifício mais alto de São Paulo.
Construção precisou de milhões de toneladas de aço
Um dos fatores que garantem a sustentação de prédios muito altos são as fundações, que são estruturas instaladas abaixo do solo para dar resistência à construção. A fundação do Platina 220 foi feita com estaca hélice contínua, ou seja, as estacas de concreto são moldadas “in loco”, simultaneamente à retirada do solo.
Na construção de grandes prédios, é necessária a inserção de estruturas de ferro, responsáveis pela sustentação dos vergalhões, além da aplicação de concreto para fixá-los. As colunas e gradeados também são essenciais para a resistência da construção, atuando como a “estrutura óssea” do prédio.
Para construir a torre do Platina 220, foram usadas 3,9 milhões de toneladas de aço e mais de 32 mil m³ de concreto.
Quase cinco vezes menor que o maior prédio do mundo
O maior prédio do mundo atualmente é o Burj Khalifa, em Dubai, lançado em 2010 com 828 metros de altura. Ele é quase cinco vezes maior que o Platina 220.
Dois metros mais alto que o segundo colocado
O Platina 220 tem apenas dois metros a mais que o segundo prédio mais alto de São Paulo: Mirante do Vale, com 170 metros. O terceiro colocado, Figueira Altos do Tatuapé, tem 168 metros. No Brasil, o recordista ainda é o One Tower, de Balneário Camboriú (SC), com 290 metros de altura.
Unidades mais caras custam quase R$ 12 milhões
Os valores de referência das unidades corporativas variam entre R$ 5,8 milhões e R$ 11,75 milhões. Já as unidades mais baratas, para uso do hotel, têm valores de referência a partir de R$ 434,9 mil.
Debate sobre verticalização continua
A construção de prédios extremamente altos costuma iniciar discussões sobre a verticalização das cidades e suas consequências. Moradores e arquitetos geralmente levantam temas como a descaracterização do bairro, o apagamento da memória e identidade locais e as mudanças na mobilidade urbana (com mais pessoas usando carros, por exemplo). Outras questões são a iluminação e ventilação das construções no entorno, que podem ser prejudicadas pela presença de prédios muito altos.
As construtoras, por outro lado, podem ver pontos positivos na verticalização, como o uso de uma área menor para a construção dos empreendimentos. Isso pode fazer com que sobre espaço para calçadas e paredes vivas — algo descrito sob o título de “Sustentabilidade” no site da construtora Porte, responsável pelo Platina 220. O prédio foi construído em uma área onde, anteriormente, havia uma série de casas e pequenos comércios.