Primeira chuva de meteoros artificial do mundo será em 2025
O plano da ALE é produzir chuva de meteoros com pequenas esferas metálicas de 1 cm disparadas por satélites em órbita
O mundo deve assistir, em 2025, à primeira chuva de meteoros artificial da história, feita a partir de pequenas esferas de metal lançadas dos satélites da empresa japonesa Astro Live Experiences (ALE).
Por mais festivo que pareça ser, o espetáculo não tem razões turísticas: os cientistas vão, na verdade, usar o rastro das estrelas cadentes para desenvolver melhores modelos climáticos, coletando dados sobre velocidade do vento e composição atmosférica.
A ALE lançou seus satélites ao espaço em 2019 e tinha agendado a chuva para 2020, mas postergou os planos devido a problemas técnicos. Agora, o novo prazo fornecido pelos engenheiros é 2025, quando darão aos terráqueos "a oportunidade de ver a primeira chuva de meteoros feita pelo homem ao vivo”.
Meteoros artificiais
Quedas de meteoros, ou estrelas cadentes, ocorrem quando pequenos objetos espaciais entram na atmosfera terrestre e entram em combustão devido ao atrito com o ar. Quando muitas partículas fazem isso ao mesmo tempo, chamamos o evento de uma "chuva de meteoros" — algo até então só produzido pela natureza.
O plano da ALE é reproduzir o fenômeno com pequenas esferas metálicas de 1 cm disparadas por satélites em órbita, a uma distância de cerca de 400 km do solo. Em seu site oficial, a empresa garante que, embora as partículas sejam liberadas a uma velocidade de mais de 1.400 km/h, a trajetória dos objetos em chamas será controlada.
A ALE afirmou que tem compromisso em não aumentar a quantidade de lixo espacial. A empresa diz que seu equipamento é capaz de calcular quais espaços estarão ou não ocupados por satélites de outras empresas na hora da chuva. Isso evitaria colisões com uma taxa de erro abaixo de 1%.
Os grãos devem queimar quando esitverem a cerca de 80 km da superfície. Segundo a companhia, testes em Terra tiveram sucesso em produzir estrelas cadentes de várias cores, mas ainda não se sabe se tal variação será visível no evento final.