Pirataria? Proliferam imitações do Apple Watch na China
Enquanto o relógio da Apple será vendido na China por 2.588 iuanes, suas alternativas locais sairão a um preço seis vezes inferior
O Apple Watch sairá à venda na próxima sexta-feira (24) em todo o mundo, mas na China as fábricas já trabalham a pleno vapor para fornecer seus próprios relógios conectados, de marcas locais e a preços muito mais convidativos.
Zheng Yi, dono da pequena fábrica YQT Electronics, em Shenzen (sul), considera que seus produtos são, em grande medida, comparáveis aos do gigante californiano.
"Nossos relógios têm todas as funcionalidades do Apple Watch, e inclusive os superam!", afirma à AFP, ressaltando que seu produto, equipado com sistema Android, permite telefonar, navegar pela internet e inclusive assistir a filmes.
Segundo Zheng Yi, sua empresa, que produz 2.000 relógios diários, vende mais de 50.000 unidades por mês. Números, no entanto, muito inferiores aos previstos para o Apple Watch, que estima-se que já tenha 7 milhões de encomendas em todo o mundo.
À margem das alternativas locais, as cópias piratas do relógio da Apple, que têm uma tela touchscreen idêntica com ícones muito similares, já circulam pelas ruas de Shenzen. Alguns dos relógios chineses têm inclusive uma abertura para inserir um chip SIM, algo que o produto americano não possui.
Para Zheng Yi, seus produtos não têm nada a ver com as cópias piratas.
"O que alguns podem chamar de cópias acredito que não são mais que um processo de teste de absorção de melhores práticas e tecnologias, para melhorar", afirma.