Quais riscos à saúde os astronautas presos no espaço podem enfrentar?
Missão que estava programada para durar dias, deve terminar apenas no ano que vem
A missão espacial da Boeing enfrenta problemas técnicos, colocando em risco a saúde dos astronautas e a possibilidade de uso da Crew Dragon da SpaceX para resgate.
A missão espacial da Boeing que prometia ser história está se transformando em um pesadelo para dois astronautas veteranos que estavam a bordo da Starliner. Butch Wilmore e Suni Williams podem ficar presos na Estação Espacial Internacional (ISS) por quase um ano, até fevereiro de 2025.
Uma série de problemas técnicos na espaçonave, principalmente no sistema de propulsão, colocaram em xeque a segurança do retorno à Terra e a saúde dos tripulantes.
A Starliner decolou em seu voo tripulado inaugural em 5 de junho, mas problemas técnicos, como vazamentos de hélio e falhas no sistema de propulsão, impediram o retorno à Terra conforme o planejado. A Nasa avalia a possibilidade de utilizar a Crew Dragon, da SpaceX, para resgatar os astronautas.
Riscos à saúde
A prolongada permanência no espaço pode ter consequências graves para a saúde dos astronautas, com sintomas que podem demorar meses após a volta à Terra por conta da ausência de gravidade.
Ainda que os trajes espaciais sejam ser pressurizados (semelhante à pressão atmosférica), a pressão extra nas mãos gera menos mobilidade dos dedos e pontos de pressão nas unhas, que ocasionam sua queda.
Outro efeito é a reabsorção de cálcio, que enfraquece os ossos. Ela é causada vida flutuando no espaço. A falta de força e atividade física gera também uma perda de músculos.
Alguns estudos relatam que em um período de 6 meses, tempo máximo de uma missão espacial, astronautas podem perder até 10% de massa óssea. Após uma longa missão espacial, alguns astronautas já relataram sentir insônia, baixa imunidade, diminuição de paladar e flashes de luz na vista.