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Qual o impacto da Inteligência Artificial nas Eleições de 2024?

Em um cenário de constante transformação, é imperativo reconhecer que a Inteligência Artificial generativa já integra nossa sociedade e, inevitavelmente, influenciará processos eleitorais

16 mar 2024 - 09h09
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Em um cenário de constante transformação, é imperativo reconhecer que a Inteligência Artificial generativa já integra nossa sociedade e, inevitavelmente, influenciará processos eleitorais. Vivemos uma inflexão tecnológica, onde a acessibilidade e o poder da IA generativa marcam uma nova era computacional.

Inteligência Artificial nas eleições de 2024: Como será a regulação?
Inteligência Artificial nas eleições de 2024: Como será a regulação?
Foto: Canva / Perfil Brasil

Porém, vale ressaltar que estamos vivenciando um momento de inflexão tecnológica, onde a IA generativa está se tornando muito mais acessível e poderosa, transportando-nos para uma nova era de tecnologias computacionais.

A distinção fundamental entre a IA tradicional e a IA generativa reside na capacidade desta última de criar, não apenas reproduzir informações. Ela molda textos, imagens, áudios e vídeos de maneira autônoma e criativa, impulsionada pelo aprendizado profundo e por redes neurais

A IA generativa tem o poder de gerar textos, imagens, áudios, filmes e outros materiais que são consumidos por nós, seres humanos, em outras soluções computacionais, como por exemplo as redes sociais.

Enquanto a IA tradicional opera com base em regras predeterminadas e lógica formal, a IA generativa utiliza o chamado aprendizado profundo e as redes neurais artificiais para aprender com dados armazenados em nuvem no mundo todo e gerar novos conteúdos de maneira mais autônoma e criativa.

Quando olhamos para o processo de eleições democráticas de um país, cidade ou estado, estamos diante de um cenário complexo e pode ser difícil evitar distorções maléficas provocadas pelo uso indevido da IA generativa. Costumo fazer uma analogia com a erradicação da Poliomelite no mundo: governos, organizações não governamentais, empresas, pessoas se uniram e o mundo avançou muito para dizimar este mal do planeta. A IA generativa, em sua essência, não é maléfica como o poliovírus, mas em mãos erradas pode ser devastadora. Neste contexto, é essencial que todos se unam para que possamos minimizar os efeitos nocivos da IA nas eleições. Aqui vão alguns ingredientes que podem se tornar uma espécie de antídoto para imunizar o processo democrático contra o uso indevido da IA generativa nas eleições:

Na área social, precisamos implementar mais transparência, educação, ética e conscientização, na legislação. É essencial desenvolver leis mais atuais e rígidas. Do lado da tecnologia, é dever das grandes empresas criar marcadores digitais, autenticações, monitoramento e sistemas de detecção.

Só com todas estas ações e muita vontade política podemos ter eleições isentas de interferência das IAs generativas, pois a cada dia temos uma nova aplicação que pode ser usada por mentes criminosas para criar as famosas Fakes News.

Imaginem como fotos, áudios, filmes fakes lançados nas redes sociais podem mobilizar grandes grupos de pessoas para votar ou não votar em algum candidato. E, talvez a pior parte desta história, é que a divulgação destes conteúdos é muito rápida - porém, o tempo que se leva para desmenti-los é muito demorado e, em muitos casos, não é possível reverter uma notícia falsa.

Inteligência Artificial nas Eleições

Alguns bons projetos já estão se constituindo, como por exemplo um consórcio de 20 empresas de tecnologia, incluindo OpenAI (criadora do ChatGPT), Microsoft e Adobe que anunciou em fevereiro um acordo para colaborar na prevenção da interferência de conteúdo enganoso de inteligência artificial generativa nas eleições globais deste ano. O aumento do uso da IA generativa levantou preocupações sobre sua potencial influência nas eleições.

O acordo envolve o desenvolvimento de ferramentas para detectar conteúdo enganoso gerado por IA, campanhas de conscientização pública e ações para combater este conteúdo nas plataformas das empresas signatárias, como as plataformas da Meta (proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp) e TikTok. Tecnologias como marcas d'água e metadados podem ser utilizadas para identificar ou certificar a origem do conteúdo gerado por IA.

Porém, hoje, qualquer pessoa pode utilizar a Inteligência Artificial Generativa no seu próprio computador. Basta uma boa máquina e alguns conhecimentos em programação para se possa criar os mais bizarros factoides. Por isso, a coesão de todos em prol do uso benéfico da IA generativa é urgente e essencial para que tenhamos conscientização, controle e punição exemplar, caso contrário podemos ter impactos inimagináveis nas eleições do mundo todo.

* Prof. Dr. Wagner Sanchez é Pró-reitor Acadêmico do Centro Universitário FIAP, Professor, Escritor e Pesquisador. Doutor e Mestre em Engenharia Biomédica, especialista em Inteligência Artificial, psicopedagogo pela PUC, pós-graduado em Engenharia de Software, bacharel em Análise de Sistemas. 

 ** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião de Perfil Brasil

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