Quase metade das empresas brasileiras usam IA, mas 73% operam sem equipe especializada
Estudo IoT Snapshot 2024, da Logicalis, mostrou que 47% das empresas brasileiras já utilizam inteligência artificial
A inteligência artificial (IA) está em alta na América Latina, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido em termos de maturidade, como mostra o estudo IoT Snapshot 2024, da Logicalis, divulgado em primeira mão ao Byte.
Nesta terça-feira (9), é comemorado o Dia Mundial da Internet das Coisas (IoT), criado em 2011 pelo IoT Council and Postscapes. É esta tecnologia que conecta objetos do dia a dia à internet, permitindo que eles se comuniquem e troquem dados entre si e com sistemas externos.
Isso abre um mundo de possibilidades para automatizar tarefas, monitorar ambientes e tomar decisões mais inteligentes.
Apesar de muitas aplicações da IA para otimizar esses processos, algumas companhias precisam se adequar à tecnologia.
De acordo com a análise, que entrevistou 246 executivos de empresas no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México, quase metade dos negócios brasileiros (47%) e 59% das companhias hispano-americanas já utilizam IA.
No entanto, o estudo também revela que 73% das companhias do país e 60% das hispano-americanas não possuem equipes dedicadas à IA.
Para Yassuki Takano, diretor de consultoria da Logicalis e coordenador do IoT Snapshot, “a adoção de IoT vem crescendo de maneira consistente. Nesta edição do estudo, observamos a incorporação de tópicos muito importantes no mercado, como 5G e inteligência artificial, no desenvolvimento do tema de IoT e transformação digital”, disse.
Analytics e aplicações de negócios lideram
O estudo mostrou também que o analytics é o principal uso da IA tanto no Brasil quanto na América Hispânica. Isso demonstra que as empresas estão buscando utilizar a IA para obter insights mais profundos sobre seus dados e tomar decisões mais inteligentes.
As aplicações de negócios também são um uso importante da IA, com 46% das empresas brasileiras e 59% das hispano-americanas utilizando a tecnologia para automatizar tarefas, melhorar a eficiência operacional e criar novos produtos e serviços.
Takano afirma, isso indica que, embora a tecnologia esteja sendo utilizada, ainda há uma falta duma jornada conhecimento para aproveitá-la (a IoT) ao máximo.