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Quem é a "Estouradora de Espinhas" que perdeu anunciantes no YouTube

Conhecida nos EUA, Sandra Lee, ou "doutora Pimple Popper", perdeu renda quando seus vídeos se tornaram "gráficos demais" para publicidade

9 ago 2022 - 15h37
(atualizado às 15h41)
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Sandra Lee, a "doutora Pimple Popper" (Estouradora de Espinhas, no português)
Sandra Lee, a "doutora Pimple Popper" (Estouradora de Espinhas, no português)
Foto: Divulgação / DrPimplePopper.com

Como uma prova de que há gosto para tudo no mundo, uma influenciadora de medicina dos EUA obteve muito sucesso estourando as maiores e mais nojentas espinhas já vistas na internet. Mas Sandra Lee, também conhecida como Doutora Pimple Popper (Estouradora de Espinhas), agora encara um novo desafio: a política de anunciantes do YouTube, que cortou sua renda.

Segundo reportagem do portal Business Insider, Lee foi informada pela plataforma de vídeos que muitos anunciantes não queriam mais serem associados ao conteúdo "gráfico" de suas remoções de espinhas. Seu canal no YouTube tem 7,5 milhões de inscritos e quase 5 bilhões de visualizações. Ela já chegou a receber cerca de US$ 100 mil (R$ 518 mil) por mês com o YouTube entre 2014 e 2016.

Outra estimativa vem do site Influencer Marketing Hub, que calcula um ganho entre US$ 3 e US$ 5 (R$ 15 a R$ 25)  para cada 1.000 visualizações no YouTube. Assim, Lee pode ter ganho entre US$ 15 milhões e US$ 25 milhões (R$ 77 milhões a R$ 129 milhões) com essas visualizações.

Segundo seu site oficial, Sandra Lee é uma dermatologista graduada do sul da Califórnia (EUA). Atua na carreira paralela de produção de vídeos desde 2015, e além das retiradas de cravos e espinhas que a tornaram famosa, mostra aplicações de botox, remoções de queloides e cirurgias de ouvido. Também estrela um reality show no canal TLC com seu nome desde 2018, que está na oitava temporada.

Quer um exemplo do que ela mostra nos vídeos? Assista aqui, mas por sua conta e risco: as imagens de fato mostram bem o gigantismo das... espinhas de seus pacientes.

As espinhas secaram, e o dinheiro também

Mas a bonança acabou — pelo menos é o que diz a doutora. O Business Insider teve acesso a um gráfico que mostra uma queda acentuada na receita de Lee a partir de 2016, quando foi informada pelo YouTube que seus vídeos não seriam capazes de ser monetizados da mesma forma que conteúdos mais tradicionais. A médica também disse ter recebido alguns "strikes" (avisos de moderação de conteúdo)  em sua conta do YouTube por suas postagens.

Ela argumenta que seus vídeos eram apenas para serem educativos."Estou muito orgulhosa do fato de que as crianças sabem o que é um lipoma agora ou sabem que você não pode simplesmente espremer um cisto – você tem que remover a bolsa inteiramente para removê-lo", disse ela.

"Estamos ensinando as pessoas sobre psoríase ou hidradenite, mas se você não está motivado para lançar esse conteúdo, como as pessoas vão aprender?", reclama.

O que diz o YouTube sonre a "estouradora de espinhas"

Procurado pela reportagem do Insider, um porta-voz do YouTube nega que os vídeos foram desmonetizados ou censurados para rodar anúncios. Mas avisa: "Alguns conteúdos não são adequados para todos os anunciantes e fornecemos controles para os anunciantes optarem por não exibir conteúdo sensível, incluindo vídeos que alguns espectadores podem considerar gráficos.

"Os anúncios ainda serão executados a partir de anunciantes que optaram por este conteúdo. Essas políticas são claras em nossas diretrizes de conteúdo amigáveis ao anunciante e as aplicamos consistentemente, independentemente do canal ou criador. Também oferecemos aos criadores uma variedade de maneiras de monetizar seu conteúdo fora da publicidade, incluindo Membros do Canal, Super Chat e Merchandise", conclui a resposta

Fonte: Redação Byte
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