Raro fenômeno 'Steve' ilumina céus do Reino Unido em espetáculo natural
Segundo cientistas, fenômeno é causado por um fluxo rápido de partículas extremamente quentes, chamado de sub-auroral ion drift (SAID)
Na última segunda-feira (7), um raro fenômeno natural surpreendeu os observadores do céu no Reino Unido. Conhecido como Steve, sigla em inglês para Aumento de Emissão Térmica de Velocidade, o evento celeste se destacou no meio de uma exibição de auroras, embora seja cientificamente distinto delas.
O serviço meteorológico britânico afirmou que a aparição foi impulsionada pela forte atividade solar recente, marcada por uma das maiores erupções solares dos últimos sete anos.
O fenômeno foi registrado pelo fotógrafo Ian Sproat em sua conta no Instagram: "Que noite incrível, uma enorme STEVE aurora arcos (SAR), via láctea e aurora boreal, acima do castelo de Dunstanburgh, absolutamente impressionado com o quão incrível foi", escreveu.
Diferente das auroras, que normalmente se apresentam como uma cortina luminosa ou uma forma oval estendida horizontalmente, o Steve aparece como uma fita brilhante no céu, com uma duração que varia de 20 minutos a uma hora.
Segundo cientistas, esse fenômeno é causado por um fluxo rápido de partículas extremamente quentes, chamado de sub-auroral ion drift (SAID). No entanto, ele ainda é pouco compreendido pela comunidade científica.
Devido à sua imprevisibilidade, o Steve raramente é registrado a partir do solo, tornando a ocorrência um evento especial para quem conseguiu avistá-lo. A última vez que o fenômeno foi observado no Reino Unido ocorreu em novembro de 2023, segundo a BBC.
Apesar de ser registrado em fotografias há décadas, o nome "Steve" só foi oficialmente adotado em 2016, durante um projeto de ciência cidadã apoiado pela NASA. O nome curioso vem de uma cena do filme "Os Sem-Floresta", em que um grupo de animais decide nomear algo desconhecido como "Steve" para aliviar o medo. Posteriormente, o nome foi transformado em um acrônimo científico.
Além do raro Steve, auroras também foram visíveis em diversas regiões do Reino Unido, desde as Ilhas Ocidentais até o sul da Inglaterra, em lugares como Buckinghamshire e Kent.
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