Reconhecimento facial do iPhone X detecta usuário mesmo no escuro e com barba
Assim que a Apple revelou a autenticação por meio de reconhecimento facial no iPhone X, muitas pessoas começaram a questionar quanto à segurança real deste tipo de coisa, bem como sua eficácia. Uma pessoa muito parecida com o usuário (como um irmão gêmeo, por exemplo), poderia autenticar o aparelho? E se o usuário deixar a barba crescer, ou estiver usando óculos escuros? Ainda, o reconhecimento funcionaria em um quarto escuro?
A resposta é: não, outra pessoa não pode autenticar o aparelho pelo usuário, e o iPhone X reconhece seu rosto mesmo com bonés, óculos e barba, inclusive no escuro. A biometria conta com sensores especiais embutidos na câmera frontal do aparelho, que mapeiam o rosto do usuário com milhares de pontos estrategicamente posicionados.
Esse mapa facial é, então, lido por uma câmera de infravermelho também embutida no aparelho, e o processador A11 Bionic faz a "mágica" de converter todas essas informações visuais em dados. O chip compara a estrutura facial de quem está tentando desbloquear o smartphone com os dados obtidos no escaneamento do rosto do usuário.
E justamente por contar com o infravermelho que o Face ID consegue detectar o rosto do usuário mesmo no escuro. Além disso, o sistema não é enganado por fotografias, mesmo que a foto seja do próprio usuário. Isso porque o reconhecimento exige que o usuário olhe para um ponto específico na tela, com os olhos devidamente abertos.
Ainda, a Apple realizou testes com pessoas usando máscaras hiperrealistas de Hollywood, na tentativa de se passar por uma outra pessoa. O Face ID não realizou o desbloqueio de uma pessoa se passando por outra, mesmo com uma máscara aparentemente perfeita. Já quanto ao uso de acessórios como óculos de grau, chapéus e até mesmo barbas que cobrem parte do rosto, o reconhecimento é feito sem problemas, pois o chip A11 Bionic conta com machine learning e uma rede neural que fazem o trabalho de reconhecer mudanças na aparência do usuário. Mas caso o usuário esteja usando óculos de sol a autenticação pode falhar, pelo fato de ser necessário olhar diretamente para o dispositivo.
Segundo a companhia, enquanto o Touch ID, que usa impressões digitais, tem uma chance de 1 em 50 mil de ser fraudado, o Face ID tem o risco de 1 em 1 milhão de fazer uma autenticação indevida.