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Regulador da UE quer mais concessões do Google para encerrar investigação

8 set 2014 - 19h59
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O Google terá que fazer mais concessões para encerrar uma investigação de quatro anos na Europa sobre suposto abuso de posição dominante no mercado de pesquisas na Internet e de publicidade depois de um retorno extremamente negativo de concorrentes sobre sua oferta atual, disse a Comissão Europeia nesta segunda-feira.

O movimento, no entanto, levanta dúvidas sobre se o Comissário Europeu da Concorrência, Joaquin Almunia, será capaz agora de resolver o caso nos dois meses remanescentes de seu mandato.

O Google até agora melhorou três vezes sua proposta em resposta às acusações de Microsoft, editoras europeias e competidores em todo o continente, segundo as quais a gigante das buscas estaria deixando-os de lado em pesquisas online e impedindo que anunciantes migrem para plataformas de competidores.

Na semana passada, os concorrentes aumentaram a pressão sobre Almunia para demandar mais concessões, dizendo que o acordo proposto em fevereiro foi catastrófico para eles, uma vez que estabelecia a participação de mercado do Google em mais de 80 por cento na Europa.

Nos últimos dois meses, 18 companhias responderam à intenção declarada de Almunia de rebater suas queixas.

     "Em resposta às nossas cartas, os queixosos apresentaram novos argumentos e dados, alguns dos quais devem ser levados em consideração. Estamos agora em contato com o Google para ver se eles estão prontos para oferecer soluções", disse o porta-voz da Comissão, Antoine Colombani.

     Ele se recusou a dizer se havia um prazo para o Google responder.

     O porta-voz do Google, Al Verney, disse: "continuamos a trabalhar com a Comissão Europeia para resolver os problemas levantados por eles."

     O presidente do Conselho do Google, Eric Schmidt, defendeu a empresa em uma carta no Financial Times no sábado, dizendo que há muita concorrência no mercado e que seu serviço de buscas na Internet foi construído para os usuários, e não para sites.

((Tradução Redação Rio de Janeiro, 55 21 2223-7132))

REUTERS JS LB

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