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Reino Unido e Otan devem ficar à frente em "nova corrida armamentista de IA", diz ministro

25 nov 2024 - 14h39
(atualizado às 14h40)
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O Reino Unido e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) devem se manter à frente na "nova corrida armamentista de inteligência artificial", disse o ministro do gabinete britânico, Pat McFadden, nesta segunda-feira, alertando que criminosos digitais russos estão cada vez mais visando países que apoiam a Ucrânia.

Ao discursar em uma Conferência de Defesa Eletrônica da Otan em Londres, McFadden revelou planos do Reino Unido de criar um novo Laboratório de Segurança de IA para ajudar a criar melhores ferramentas de defesa e organizar a inteligência sobre ataques.

No mais recente alerta sobre a intensificação dos ataques digitais de Moscou às nações que apoiam a Ucrânia, McFadden pediu à aliança militar liderada pelos EUA, às empresas e às instituições que façam "tudo o que puderem para trancar suas próprias portas digitais" para se protegerem do que ele chamou de uma Rússia cada vez mais agressiva.

"A guerra digital é agora uma realidade diária. Uma realidade em que nossas defesas estão sendo constantemente testadas", de acordo com trechos de seu discurso divulgados antecipadamente.

"A extensão da ameaça deve ser acompanhada pela força de nossa determinação em combatê-la e proteger nossos cidadãos e sistemas. Setenta e cinco anos após sua fundação, está claro que precisamos da Otan mais do que nunca."

Moscou já negou anteriormente que realiza ataques eletrônicos, e as autoridades russas classificam essas acusações como tentativas de incitar sentimento contrário à Rússia.

Segundo McFadden, a IA pode ser usada como arma contra os países que apoiam a Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país em 2022 para intensificar o que ele descreveu como a realidade diária da guerra digital contra o Reino Unido e seus aliados.

"A IA já está revolucionando muitas partes da vida, inclusive a segurança nacional. Mas, à medida que desenvolvemos essa tecnologia, há o perigo de que ela se torne uma arma contra nós, porque nossos adversários também estão procurando descobrir como usar a IA no campo de batalha físico e cibernético", disse.

O novo laboratório, apoiado por um financiamento inicial de 8,22 milhões de libras (10,3 milhões de dólares) do governo britânico, reunirá especialistas acadêmicos e governamentais para avaliar o impacto da IA na segurança nacional e entender melhor seu uso pela Rússia.

"Não tenha dúvidas: o Reino Unido e outros nesta sala estão observando a Rússia. Sabemos exatamente o que eles estão fazendo e estamos combatendo seus ataques, tanto publicamente quanto nos bastidores", segundo McFadden.

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