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Relações íntimas no espaço são proibidas? Entenda postura da Nasa

Se dois astronautas fizessem sexo no espaço, e a mulher engravidasse, não está claro qual seria o efeito no bebê

12 dez 2022 - 11h59
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As astronautas Nicole Aunapu Mann, Anne McClain, Jessica Meir e Christina Hammock Koch, fotografadas no Johnson Space Center da Nasa em Houston
As astronautas Nicole Aunapu Mann, Anne McClain, Jessica Meir e Christina Hammock Koch, fotografadas no Johnson Space Center da Nasa em Houston
Foto: Nasa/Arquivo

Com os humanos se aproximando de missões espaciais de longa distância para a Lua e Marte, um assunto tem chamado a atenção nas redes sociais e alimentado histórias e teorias sobre o sexo no espaço entre astronautas. 

Em 2017, Helen Sharman, a primeira astronauta mulher britânica no espaço, falou em uma conferência que a Nasa realizou estudos sobre "pensamentos impuros" no espaço. A agência apresentou suas conclusões em um relatório, o qual sugeriria uma tripulação exclusivamente feminina para evitar sexo no espaço.

Na época, a informação foi compartilhada pelo jornal britânico Daily Mail. Mas o relatório, no entanto, não foi divulgado e a agência espacial não falou publicamente sobre o assunto desde então. 

O assunto foi revivido na semana passada em um tópico viral no Twitter. Internautas lembraram que um voo apenas com mulheres não seria garantia de que não haveria relações sexuais: afinal, elas podem transar entre si.

No final de 2021, uma equipe de cinco acadêmicos canadenses publicou uma proposta convocando as principais organizações espaciais “a adotar uma nova disciplina” de estudo.

Essa nova disciplina, eles argumentaram, pode ser vital para o sucesso dos esforços planejados para avançar mais fundo no espaço – e potencialmente construir assentamentos humanos fora do mundo. Eles chamaram esse novo campo de pesquisa supostamente revolucionário de “sexologia espacial: o estudo científico da intimidade e sexualidade extraterrestre”.

“Entender o sexo e como ele funcionará em um ambiente de baixa gravidade é essencial para o sucesso das missões espaciais profundas e para a construção de assentamentos fora do mundo”, disseram os acadêmicos da Concordia University em Montreal.

Embora a Nasa não proíba explicitamente o sexo no espaço, o código de conduta para astronautas exige que "relacionamentos de confiança" e "padrões profissionais" sejam mantidos o tempo todo.

A agência também proibiu qualquer casal de ir ao espaço juntos – mas acredita-se que isso seja por conta da dinâmica de grupo, e não à preocupação de eles fazerem sexo.

Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional
Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional
Foto: Reuters

Saúde e intereção no espaço

Ao longo da última década, a perspectiva cada vez mais real do turismo espacial e dos esforços de assentamento alimentou uma nova explosão de interesse popular em sexo fora da Terra

Pesquisadores publicaram artigos, conferências e até especiais de TV sobre os detalhes minuciosos de como fazer sexo no espaço, ou se isso pode não funcionar. O ato envolve dúvidas sobre a física em ambientes de baixa gravidade: qualquer impulso ou empurrão pode enviar duas pessoas voando para longe uma da outra. 

Os textos detalham ainda como os efeitos da baixa gravidade nos níveis hormonais e no fluxo sanguíneo podem prejudicar o desejo sexual das pessoas e dificultar a excitação física. Ou como os líquidos se acumulam por falta de gravidade e podem potencialmente levar a bolhas gigantes de suor e esperma flutuando.

Por exemplo, espera-se que a viagem a Marte leve cerca de um ano e meio, período durante o qual os astronautas serão expostos a grandes quantidades de radiação. Se dois astronautas fizessem sexo e a mulher engravidasse, não está claro qual seria o efeito sobre o bebê.

O portal Mic pediu que a Nasa comentasse a proposta de pesquisadores da universidade canadense sobre uma disciplina de sexo no espaço, principalmente sobre as preocupações de relacionamento e as prioridades de pesquisa descritas. Um representante da agência disse que “não havia revisado esta proposta, portanto não seria apropriado comentarmos".

“Estamos principalmente preocupados em garantir a saúde e a segurança dos tripulantes no espaço por longos períodos de tempo”, disse o representante da Nasa ao Mic. Outras agências espaciais não comentaram sobre o assunto. 

Ainda assim, médicos argumentam que apostar na abstinência durante missões espaciais de longo prazo é uma posição ingênua a ser tomada. Em um memorando de política de 2020, Seth Barbrow, da Academia Militar, escreveu: “Embora os astronautas sejam considerados profissionais, missões de longo prazo começando em dois anos e meio abrem possibilidades de concepção”.

Fonte: Redação Byte
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