Réplica do robô BB-8 de Star Wars vira estrela na Campus Party
O droid BB-8 ficcionalmente é capaz de se comunicar com quase todos os seres da galáxia
Visto pela primeira vez no filme Star Wars: O Despertar da Força, o robô BB-8 ficcionalmente é capaz de se comunicar com quase todos os seres da galáxia, incluindo os humanos. E foi ele que inspirou a equipe do goiano Reginaldo Oliveira, a montar uma réplica idêntica, capaz de emitir sons e se movimentar exatamente da mesma forma que o icônico personagem.
Surpreendentemente, o BB-8 não é produto de um experimento universitário ou de uma empresa de tecnologia especializada. Com seus próprios recursos, a equipe de seis integrantes (Antonio Gedda, Arthur Mariano, João Victor Panczek, Vitor Augusto, Rony Altair e Reginaldo Oliveira, o maior entusiasta) recriou o modelo do robô de forma totalmente autônoma.
Toda a equipe de colaboradores do projeto trabalha no setor de telecomunicação da Assembleia Legislativa de Goiás, mas a construção do droid é um hobbie para todos – ou um “part-time job”, como afirma Altair. A Assembleia apoia a empreitada e, neste ano, incentivou o grupo a vir demonstrar sua criação na Campus Party deste ano.
Os engenheiros também fazem parte do grupo de Facebook e blog BB-8 Builders Club, no qual inúmeras pessoas colaboram para a feitoria de projetos envolvendo o robô BB-8. “É um projeto de open source [código aberto] com permissão da Disney, o que significa que qualquer pessoa pode colaborar, mas não é permitido comercializar o produto, apenas mostrá-lo em feiras como essa”, diz Altair.
Com o grupo do Facebook, é possível trocar materiais, ideias e experiências sobre como o robô funciona. Mas o grupo diz também procurar conteúdos via YouTube. Essa réplica específica é feita com impressora 3D, de material PLA.
Oliveira contou que esta não é a primeira vez que faz o BB-8 – desde 2015 o sonho existe. Dois modelos vieram antes dele, um em 2016 e outro em 2018, mas segundo o entusiasta, “não deram muito certo”. As falhas das primeiras tentativas, diz ele, foram por conta da programação. “É a parte mais difícil”, desabafa.
Para quem quer montar um robô, Oliveira recomenda começar por modelos que usam o hardware Arduino, que é mais simples. “É o que todo mundo conhece”, explica Panczek. Além disso, é preciso ter acesso a uma impressora 3D, possuir as partes eletrônicas – que podem ser importadas da China, e aprender o código.
Mesmo depois de tanto trabalho, Oliveira ainda não se deu por satisfeito. “Agora a gente tá buscando parceria com outras empresas para desenvolver o WALL-E, do filme da Disney”, diz ele.