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Ressonância magnética melhora diagnóstico do câncer de próstata

Para tornar mais preciso o diagnóstico do câncer de próstata, estudo britânico indica combinar o exame de sangue que mede o PSA com a ressonância magnética

22 ago 2023 - 18h54
(atualizado às 23h21)
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Para diagnosticar casos de câncer de próstata com maior nível de precisão, um pequeno estudo britânico sugere que o mais eficaz é combinar os exames de sangue que medem os níveis de uma proteína chamada PSA (Antígeno Prostático Específico) com o exame de ressonância magnética.

Foto: Freepik / Canaltech

Diferente de outros países, no Reino Unido, não há uma política nacional de rastreio do câncer de próstata — um dos tipos de tumor que mais afetam os homens. No entanto, aqueles com mais de 50 anos podem fazer o teste de PSA, caso tenham vontade ou apresentem sintomas específicos, como dificuldade em urinar ou sangue na urina.

Como padrão, se o PSA dá igual ou maior que 3 ng/ml, o paciente deve realizar testes adicionais. Entre eles, estão a ressonância magnética e/ou a biópsia. Agora, se o resultado for menor, é descartado o risco de câncer de próstata. No entanto, os pesquisadores do estudo Reimagine, publicado na revista científica BMJ Oncology, questionam o protocolo.

Ressonância magnética deve ser usada no diagnóstico

No estudo britânico, os pesquisadores da University College Hospital (UCL) e do King's College London recrutaram 303 homens, com idades entre 50 e 75 anos, para realizar o potencial protocolo de diagnóstico para o câncer de próstata, composto pelo PSA e pela ressonância magnética — não foi avaliada a eficácia da ressonância sozinha.

Uso combinado de ressonância magnética com PSA melhora o diagnóstico do câncer de próstata (Imagem: Madi7779/Envato)
Uso combinado de ressonância magnética com PSA melhora o diagnóstico do câncer de próstata (Imagem: Madi7779/Envato)
Foto: Canaltech

Desse total de pacientes, 48 (16%) apresentaram alterações nos exames de imagem. A questão é que 32 desses indivíduos tinham níveis considerados dentro dos padrões de PSA (menor que 3 ng/ml). Por causa disso, não estariam aptos para investigações mais detalhadas da próstata.

Na avaliação final, os cientistas concluíram que 29 (9,6%) dos recrutados foram diagnosticados com um tipo de câncer de próstata que requeria tratamento — de forma simples, casos mais graves de câncer. No entanto, 15 tinham baixos níveis de PSA e, muito dificilmente, seriam tratados nos atuais padrões.

Mais estudos sobre o rastreio do câncer de próstata

"Nossos resultados fornecem uma indicação precoce de que a ressonância magnética pode oferecer um método mais confiável de detecção precoce de cânceres potencialmente graves", afirma Caroline Moore, a principal pesquisadora do estudo e professora da UCL, em nota. Só a pesquisa ainda que não é conclusiva, acrescenta.

Apesar dos resultados, mais estudos são necessários para validar a nova estratégia. É preciso, por exemplo, envolver populações mais diversas nas pesquisas, já que a maioria dos participantes eram brancos.

Câncer de próstata é mais comum em homens negros (Imagem: DCStudio/Freepik)
Câncer de próstata é mais comum em homens negros (Imagem: DCStudio/Freepik)
Foto: Canaltech

Anteriormente, outros estudos já observaram que o exame de toque retal digital não é a melhor alternativa para o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Isso porque nem sempre a região apresenta alterações perceptíveis pelo toque humano e, caso apresente, nem todo volume aumentado é indicativo de câncer. Dessa forma, o diagnóstico envolve um combinado de exames.

Homens negros e o câncer de próstata

Segundo os autores da pesquisa britânica, uma das limitações do estudo foi o baixo número de homens negros recrutados e, de modo geral, eles recusavam mais os convites para integrar a pesquisa. Em números, a probabilidade de um homem negro se inscrever na pesquisa foi cinco vezes menor que a de um branco, segundo Saran Green, pesquisadora do King's College London e outra autora do estudo.

Além dessa baixa taxa de adesão limitar os resultados, o problema maior é que esses tumores afetam mais do que o normal essa parcela da população. "Um em cada quatro homens negros terá câncer da próstata durante a sua vida, o que é o dobro do número de homens de outras etnias", explica Green. Por isso, novas estratégias de inclusão devem ser pensadas para os próximos estudos.

Fonte: BMJ Oncology e UCL  

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