PUBLICIDADE

Ressurreição no futuro? Especialista revela se humanos congelados podem voltar à vida

Segundo Valeriya Udalova, se a medicina e a engenharia de tecidos avançarem, a criogenia pode ser possível em humanos em 50 ou 70 anos

5 set 2023 - 11h52
(atualizado em 23/9/2023 às 07h15)
Compartilhar
Exibir comentários
Especialista acredita que reviver humanos congelados pode ser possível em até 70 anos
Especialista acredita que reviver humanos congelados pode ser possível em até 70 anos
Foto: Reprodução / kriorus

Em um feito que parece tirado diretamente das páginas da ficção científica, cientistas recentemente conseguiram ressuscitar criaturas microscópicas que estiveram congeladas no permafrost da Sibéria por 46 mil anos.

Estes seres, conhecidos como nematoides ou popularmente como lombrigas, demonstraram uma capacidade única de desligar seus corpos quando confrontados com ambientes adversos, um processo chamado de anabiose.

A descoberta desses organismos ocorreu em 2018, quando foram encontrados em uma toca de esquilo congelada, e desde então, a investigação sobre sua sobrevivência a longo prazo e a capacidade de despertá-los desse estado de desligamento tem intrigado a comunidade científica.

No entanto, enquanto essa conquista científica também levanta uma questão ainda mais intrigante: poderia um dia ser possível aplicar técnicas semelhantes para ressuscitar seres humanos que foram criopreservados?

Quais mudanças o frio causa no corpo humano? Quais mudanças o frio causa no corpo humano?

Quando humanos poderão ser resucitados?

Esse é um dilema que vem sendo explorado por especialistas em criônica, que destacam as diferenças fundamentais entre a criopreservação de humanos e animais.

Apesar disso, eles também não descartam a possibilidade de que, dentro de algumas décadas, a tecnologia possa pavimentar o caminho para o que eles chamam de "Homem Encino" fazer seu retorno à vida.

“Não creio que o metabolismo humano possa ser radicalmente reestruturado para que também entremos em anabiose como os animais. Provavelmente é mais fácil criar novos corpos artificiais”, disse Valeriya Udalova – CEO da KrioRus, empresa russa de criogenia que afirma manter 94 cadáveres congelados em sua base na capital do país, ao New Yor Post.

Ela observou que os vermes não são as únicas espécies que podem passar por anabiose, já que o processo se estende às rãs e ao tamboril siberiano. Mas os humanos, diz ela, não têm as mesmas capacidades.

O que falta para isso ser real?

Segundo Udalova, a ressurreição de seres humanos exigiria avanços significativos tanto na área médica quanto na engenharia de tecidos, um desenvolvimento que ela acredita que poderá ocorrer em um prazo de 50 a 70 anos.

A CEO da KrioRus observou que os laboratórios especializados em criobiologia são escassos e, em geral, de pequeno porte, incluindo o renomado laboratório "Medicina do Século XXI".

Ainda assim,  já foram conduzidas experiências importantes, como a criopreservação reversível de um rim de rato por meio de técnicas que envolvem a utilização de gás com nanopartículas e aquecimento por indução.

A tecnologia atual ainda é inadequada devido aos efeitos "tóxicos" dos agentes crioprotetores no cérebro e em partes do corpo, de acordo com o microbiologista português João Pedro de Magalhães.

De acordo com Magalhães, se bem-sucedido, esse processo poderia representar uma "alternativa à morte". Pacientes com doenças terminais, incluindo crianças, teriam a opção de entrar em criostase até que uma cura fosse encontrada, oferecendo assim uma perspectiva de evitar a morte. 

Fonte: Redação Byte
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade