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Risco de câncer por pesticida é tão grave quanto tabaco, diz estudo

Segundo pesquisadores, a exposição pode aumentar risco de cânceres como linfoma não-hodgkin, leucemia e câncer de bexiga

8 ago 2024 - 05h00
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Resumo
Estudo mostra ligação direta entre uso de pesticidas agrícolas e aumento no risco de desenvolver vários tipos de câncer.
Pesquisadores nos EUA compararam o risco de câncer do uso de pesticidas agrícolas ao do tabagismo
Pesquisadores nos EUA compararam o risco de câncer do uso de pesticidas agrícolas ao do tabagismo
Foto: Divulgação

Um novo estudo, publicado na revista Frontiers in Cancer Control and Society, revela que o uso de pesticidas agrícolas está diretamente ligado a um aumento no risco de desenvolver diversos tipos de câncer.

A pesquisa, realizada em nível nacional nos Estados Unidos, compara pela primeira vez o impacto desses produtos químicos com o do tabagismo, um dos maiores causadores da doença.

De acordo com os pesquisadores, a exposição a pesticidas, mesmo para pessoas que não vivem em áreas rurais, pode aumentar o risco de cânceres como linfoma não-Hodgkin, leucemia e câncer de bexiga. Em alguns casos, o impacto desses produtos químicos é tão grande quanto o do fumo.

"A combinação de diversos pesticidas, e não apenas um único produto, é o que representa o maior perigo", explica o Isain Zapata, um dos autores do estudo, em um comunicado.

A pesquisa

A pesquisa analisou o uso de 69 pesticidas diferentes e concluiu que a exposição a essa "mistura" pode aumentar significativamente o risco de desenvolver a doença. 

 "É difícil entender a magnitude desse problema sem compará-lo a algo que já conhecemos bem, como o tabagismo", afirma Zapata. Os resultados indicam que a exposição a pesticidas, especialmente em regiões com alta produção agrícola, pode ter um impacto significativo na saúde da população.

Dados da Organização Mundial da Saúde (2020) apontam que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano. Mais de sete milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

A OMS afirma ainda que cerca de 80% dos mais de um bilhão de fumantes do mundo vivem em países de baixa e média renda onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao tabaco é maior.

Os autores do estudo enfatizam que, embora a pesquisa ofereça uma visão geral do problema, os fatores de risco para o câncer são complexos e podem variar de pessoa para pessoa. No entanto, os resultados são um alerta para a necessidade de repensar o uso de pesticidas na agricultura e seus impactos na saúde pública.

"Toda vez que consumimos um alimento, devemos pensar em todas as etapas da produção, incluindo o uso de pesticidas", afirma Zapata.

Fonte: Redação Byte
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