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Ruínas de 1.200 anos de comunidade cristã "perdida" foram encontradas por cientistas

Arqueólogos descobriram o primeiro edifício cristão em Bahrein, país insular islâmico no Golfo Pérsico

18 jul 2024 - 13h17
(atualizado às 14h38)
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Ruínas em Samahij, onde uma mesquita (amarelo) foi construída sobre um edifício cristão de 1.200 anos (vermelho)
Ruínas em Samahij, onde uma mesquita (amarelo) foi construída sobre um edifício cristão de 1.200 anos (vermelho)
Foto: Universidade de Exeter

Vestígios de uma das primeiras construções cristãs do Golfo Pérsico foram descobertos por arqueólogos da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e representam a primeira evidência física de uma comunidade considerada perdida.

As ruínas foram encontradas pelos pesquisadores na vila de Samaheej, no Bahrein. O Bahrein é um país insular islâmico no Golfo Pérsico e está situado na costa da Arábia Saudita e do Catar.

O prédio de 1.200 anos foi abandonado e eventualmente esquecido — até agora. A descoberta foi divulgada pela universidade em um comunicado publicado no dia 12 de julho. 

"É possível que o edifício fosse o palácio do Bispo da diocese da qual Samahij fazia parte, chamado Meshmahig ou Mašmahig nas fontes históricas, e uma corruptela de 'Samahij'. Registros indicam que o relacionamento entre Meshmahig e as autoridades centrais da igreja nem sempre foi tranquilo, com um bispo ali excomungado em 410 e em meados do século VII outro bispo condenado por desafiar a unidade da Igreja", disse a universidade.

Artefato de cruz encontrado nas ruínas.
Artefato de cruz encontrado nas ruínas.
Foto: Foto de Timothy Insoll, compartilhada pela Universidade de Exeter

A pesquisa

Para descobrir a idade do local encontrado, os pesquisadores utilizaram a técnica de radiocarbono e indicaram que as ruínas foram habitadas entre os séculos 4 e 8.

As ruínas foram ocupadas do quarto ao oitavo século, depois “abandonadas após a população se converter ao islamismo”, disse a universidade. Uma mesquita foi construída mais tarde sobre o edifício cristão em ruínas, permitindo que ele sobrevivesse, revelou a pesquisa.

A estrutura foi escavada entre 2019 e 2023 como parte de um projeto do professor Timothy Insoll do Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade de Exeter e de Salman Almahari ,da Autoridade de Cultura e Antiguidades do Bahrein.

“Ficamos surpresos ao descobrir que alguém também havia desenhado parte de um rosto em uma concha de pérola em betume, talvez para uma criança que morava no prédio.“Esta é a primeira evidência física encontrada da Igreja Nestoriana no Bahrein e dá uma visão fascinante de como as pessoas viviam, trabalhavam e adoravam", disse Insoll em comunicado.

Um museu está sendo construído no local para preservar e apresentar essa notável sobrevivência, com inauguração prevista para 2025.

Fonte: Redação Byte
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