Saiba com que frequência as estrelas morrem na Via Láctea
Quantas estrelas que vemos agora, da Terra, já morreram?
Observar o céu em uma noite estrelada pode ser triste. Isso porque muitas das estrelas que brilham ali já morreram, uma vez que o brilho que pode ser visto na Terra vem de milhões (ou bilhões) de quilômetros de distância.
Inclusive, a chance de que as estrelas observáveis já terem mudado de estágio não é baixa. Elas podem ter morrido ao se tornarem anãs brancas, estrelas de nêutrons ou buracos negros.
Esse processo, mais conhecido como "morte", nada mais é um procedimento comum, que depende somente da massa da estrela.
No caso de grandes corpos celestes, normalmente aqueles que são oito vezes maiores que o Sol, se tornam supernovas. As menores, anãs brancas.
Transformações
Com as anãs brancas, o processo acontece quando a estrela esgota o hidrogênio que fica no núcleo, se transformando completamente em hélio e se condensa no centro da estrela. Ela, então, eventualmente se torna carbono.
A estrela então passa por uma fase de expansão, transformando-se em uma gigante vermelha, antes de perder aos poucos sua atmosfera e se contrair para se tornar uma anã branca.
Já durante uma supernova, o núcleo estelar sofre mudanças na fusão de elementos, levando a uma explosão violenta que pode resultar na formação de um buraco negro ou, dependendo das condições específicas da explosão, em uma estrela de nêutrons.
Mas quantas delas estrelas morrem?
Em entrevista ao LiveScience, James de Buzier, cientista do Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI, do inglês Search for Extraterrestrial Intelligence), a resposta não é tão simples.
Segundo o cientista, as supernovas podem acontecer do outro lado do centro da galáxia, mas como existem tantos objetos e obstáculos entre a Terra e esses eventos, que não dá para observá-los. Porém, a estimativa é que ocorram uma ou duas vezes por século.
Já quando se trata de anãs brancas, de Buizer acredita que é uma anã branca se forma na Via Láctea a cada dois anos. Ou seja, com base nesses números, cerca de 53 estrelas "morrem" por século na Via Láctea. Mas com o tamanho da galáxia, com suas nuvens de gás e outros detritos espaciais, não dá para dizer ao certo.