Saiba como ver a próxima chuva de meteoros no Brasil

Uma chuva de meteoros com detritos de um asteroide poderá ser vista a olho nu no Brasil, começando no dia 29 de novembro e atingindo seu pico nos dias 13 e 14 de dezembro.

Ao contrário da maioria das chuvas de meteoros que conseguimos enxergar na Terra, este fenômeno ocorrerá devido a meteoros Geminídeos, pedaços brilhantes que saíram do Phaethon, rocha azul que age como um planeta, avistado pela primeira vez no início dos anos 1980, pelo Satélite Astronômico Infravermelho (IRAS), da NASA.

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Sem a interferência da luz da Lua, os observadores do céu podem ver até 150 meteoros por hora nos horários de pico, de acordo com a American Meteor Society – mas, este ano, a expectativa é que os Geminídeos sofram uma interferência lunar que ofuscará meteoros mais fracos. 

Chuvas de Geminídeos são consideradas uma das melhores chuvas de meteoros porque os meteoros individuais são brilhantes, rápidos e estridentes. Elas são periódicas e ocorrem há, ao menos, 200 anos, de acordo com registros conhecidos – a primeira observação registrada foi em 1833, no Mississipi.

Para os que gostam de observar fenômenos do gênero, a boa notícia é que, com o passar do tempo, a chuva tem ficado cada vez mais forte, já que a gravidade de Júpiter puxou o fluxo de partículas de sua fonte, o asteroide Phaethon, para mais perto da Terra ao longo dos séculos, de acordo com a NASA.

Como ver a chuva de meteoros?

Embora seja mais pronunciado para observadores no hemisfério norte, os meteoros Geminídeos também poderão ser vistos do Hemisfério Sul. E por mais que pareça inusitado, o nome Gemnídeo não é a toa: da perspectiva terrestre, esta chuva de meteoros parece se originar justamente na direção da constelação de Gêmeos no céu.

As chuvas de meteoros recebem o nome da constelação da qual os meteoros parecem emanar, conhecida como radiante. Da perspectiva da Terra, a chuva de meteoros Geminid parece se originar aproximadamente na direção da constelação de Gêmeos 

Esta constelação é bastante fácil de detectar no céu noturno, pois está localizado a nordeste da constelação de Órion , entre as constelações de Touro e Câncer. As duas estrelas mais brilhantes da constelação, Castor e Pollux, representam as cabeças dos Gêmeos. 

Mas, atenção: não olhe para a constelação de Gêmeos durante a chuva de asteroides, pois, assim, você pode perder alguns aspectos do fenômeno. O ideal é mover o olhar pelas constelações próximas, para captar tanto meteoros de rastros mais próximos, de rastros mais curtos, quanto os que estão mais ao longe, capazes de traços brilhantes maiores.

Também é importante se certificar de que o local é o mais escuro possível e que o céu está limpo. Não é necessário nenhum equipamento especial, como telescópios ou lunetas, e pode ser que seus olhos precisem de alguns minutos para se ajustar ao escuro – por isso, nada de telefone!