Samsung 'boicota' empresa acusada de trabalho infantil
Fabricante fará 30% menos negócios com uma fornecedora chinesa de peças que empregava cinco crianças em sua fábrica
A Samsung Electronics disse que fará 30% menos negócios com uma fornecedora de peças após denúncias sobre o emprego de mão de obra infantil afetarem a empresa sediada na China, marcando a mais forte objeção da gigante de TI à prática ilegal até hoje.
Em julho, a Samsung Electronics suspendeu negócios com a Dongguan Shinyang Electronics, uma subsidiária integral da Shinyang Engineering, depois que o grupo americano China Labor Watch disse ter encontrado cinco crianças trabalhando sem contratos na fornecedora sediada em Guangdong.
A Samsung disse que as autoridades chinesas determinaram que, embora a Dongguan Shinyang não tenha empregado diretamente as crianças, uma subcontratada as empregou por meio de uma agência de terceirização de trabalhadores.
"A Samsung decidiu mesmo assim tomar medidas contra a Dongguan Shinyang para responsabilizar o fornecedor por falhar em monitorar seus subcontratados, de acordo com a política de tolerância zero da Samsung sobre trabalho infantil", disse a fabricante dos populares smartphones Galaxy nesta terça-feira.
A medida para penalizar a fabricante chinesa de capas e peças de smartphones ocorre em meio à crescente pressão sobre a Samsung Electronics para que assegure que seus fornecedores na China cumpram as leis trabalhistas locais.
O uso de trabalho infantil não é raro na China. Outras companhias multinacionais de tecnologia, incluindo a Apple, foram impactadas por revelações de abusos.