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Sangue artificial: começa o 1º estudo em humanos com hemácias de laboratório

Reino Unido testa a segurança de transfusões de sangue em humanos com glóbulos vermelhos feitos em laboratório. É o primeiro estudo do mundo deste tipo

19 dez 2022 - 13h46
(atualizado às 15h49)
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Na última semana, o Reino Unido começou o primeiro estudo clínico que avalia a eficácia e a segurança do transplante de glóbulos vermelhos (hemácias), desenvolvidas em laboratório. Até o momento, dois voluntários já receberam a transfusão do componente do "sangue artificial" e, nos próximos dias, outros participantes devem passar pelo mesmo processo.

Apelidado de Restore, o estudo pioneiro no mundo é financiado pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) e conta com a participação de diferentes centros de pesquisa, como a Universidade de Cambridge. Caso seja bem-sucedido, as hemácias de laboratório, feitas a partir de células-tronco, poderão revolucionar o problema da falta de doações de sangue.

"Esta pesquisa estabelece as bases para a fabricação de glóbulos vermelhos que podem ser usados com segurança para transfundir pessoas com diferentes doenças, como a anemia falciforme", afirma Farrukh Shah, diretor médico de NHS, em comunicado.

Apesar do possível avanço para a medicina, nos próximos anos, Shah lembra que "a necessidade de doações normais para fornecer a grande maioria do sangue permanecerá".

Como o estudo investiga o uso de glóbulos vermelhos feitos em laboratório?

Foto: Abraham_stokero/Envato / Canaltech

Entre os objetivos, a pesquisa britânica quer entender se a vida útil das hemácias de laboratório é maior que as obtidas através de uma doação padrão. Esta hipótese é baseada no fato de que os glóbulos vermelhos induzidos estão frescos, enquanto as células adultas retiradas do indivíduo podem ter idades variadas.

Para pacientes que precisam de transfusões regulares, receber células frescas significa passar por menos transfusões de sangue e, consequentemente, ter menos complicações associadas, como altas concentrações de ferro no corpo.

Por enquanto, apenas dois pacientes receberam as novas hemácias. Segundo a equipe médica, não apresentaram nenhum efeito adverso e estão saudáveis. Inclusive, seguem em monitoramento.

Tecnologia pode acabar com a falta de sangue para doação?

Daqui a alguns anos, as células sanguíneas fabricadas poderão revolucionar os tratamentos para pessoas com doenças sanguíneas, como anemia falciforme e tipos sanguíneos raros — o que será um grande alívio para quem tem sangue dourado. Afinal, pode ser muito difícil encontrar doadores compatíveis nessas circunstâncias.

Hoje, doações ainda são necessárias e esta situação deve se manter igual pelos próximos anos — por isso, é tão importante ser um doador. Para explicar como as doações são feitas no Brasil, a equipe do Canaltech foi doar sangue e contou como funciona cada etapa deste processo que pode salvar vidas.

Fonte: NHS  

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