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Satélite russo se desintegra em mais de 100 fragmentos no espaço

A fragmentação de satélite russo em órbita tem causa desconhecida — destroços serão monitorados nos próximos meses, e fizeram astronautas se protegerem na ISS

29 jun 2024 - 02h39
(atualizado às 23h54)
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Na última quarta-feira (26), um satélite russo desativado se desintegrou no espaço, jogando detritos na órbita baixa da Terra. O evento forçou astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS) a buscarem abrigo e tomarem medidas de proteção contra eventuais colisões do lixo espacial gerado.

Foto: European Space Agency / Canaltech

O equipamento estava a cerca de 350 km de altitude, e se fragmentou em mais de 100 pedaços diferentes, segundo o Comando Espacial dos Estados Unidos. O satélite tinha o nome de Resurs P1, e foi lançado pela Rússia em 2013 para monitorar o planeta, tirando fotos para ajudar em esforços de agricultura e transportes, por exemplo. Ele foi aposentado em 2022 e vinha perdendo altitude desde então.

O que fragmentou o satélite russo?

A organização LeoLabs, que monitora a segurança dos satélites em órbita, foi quem notou a fragmentação do Resurs P1, mas não pôde identificar o que causou o evento.

Uma bateria antiga pode ter explodido no interior do aparelho, ou outro detrito pode ter colidido com o satélite — a Força Espacial dos Estados Unidos não catalogou nenhum destroço orbital em rota de colisão com o objeto, mas é possível que a colisão tenha ocorrido com um artefato menor. A RosCosmos, agência espacial russa, não comentou o caso.

Segundo a NASA, há mais de 25.000 destroços maiores do que 5 cm em órbita da Terra no momento, chegando a mais de 100 milhões no caso de fragmentos menores. Esses detritos, em número crescente, podem ameaçar missões futuras no espaço, então alguns projetos buscam fazer uma limpeza orbital, pelo menos nos pedaços maiores.

Outra possibilidade é a de que os próprios russos tenham explodido o satélite, algo já feito pelo país em 2021, com mísseis, e também pela China, Índia e Estados Unidos. Antes de atirar no evento de 2021, no entanto, o governo do país avisou operadores de voo para evitar os céus no entorno do local de lançamento — é provável que, caso tenha sido uma explosão deliberada, outro aviso teria sido feito.

A densidade dos detritos espaciais em órbita da Terra, segundo simulações da NASA (Imagem: NASA ODPO)
A densidade dos detritos espaciais em órbita da Terra, segundo simulações da NASA (Imagem: NASA ODPO)
Foto: Canaltech

Após identificar os destroços, a NASA emitiu um aviso para que nove astronautas presentes na ISS fossem a áreas seguras, como "medida de precaução padrão". A Força Espacial americana deve catalogar os destroços da Resurs P1 nos próximos meses, e, antes disso, haverá o perigo de operadores de satélite não conseguirem evitar colisões com os detritos viajantes.

Fonte: Space, LeoLabs, U.S. Space Command

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