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Vazamento de chats da Lava Jato evidencia fragilidade

Intercept divulgou conversas entre juiz e procuradores

25 jul 2019 - 14h53
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Foto: Freepik

Evidências do site The Intercept mostraram a vulnerabilidade de uma rede social – o Telegram. O vazamento de conversa na coxia da operação Lava Jato expôs trocas de mensagens de chats privados entre o ex-juiz Sergio Moro, procurador Deltan Dallagnol e da força-tarefa da Lava Jato, tido por muitos como heróis anticorrupção.

As hipóteses de como essas conversas vieram a público ainda são divergentes, mas já se tem algumas ideias do que pode ter acontecido:

  • Infecção do celular da vítima por malware. Esse vírus daria acesso à leitura de mensagens de texto. O invasor teria solicitado ao Telegram uma permissão informando à plataforma o número da vítima e na sequencia digitando o token enviado pelo Telegram.
  • Também se investiga a possibilidade de um vazamento da conversa. Dentro desses ambientes existe muita disputa, pessoas que não concordam com os métodos, e pode ter havido uma displicência de um dos investigados do caso #vazajato.

Segundo o site de notícias Mobile Time, alguns caminhos para esse vazamento também podem ter ocorrido por meio de duas possibilidades:

  1. Brecha na rede de sinalização. As operadoras usam uma rede de sinalização com protocolo antigo (SS7) que é conhecido por ser bastante vulnerável. Utilizando operadoras pequenas, é possível roubar um número de telefone imitando um pedido de chamada em roaming internacional. Após esse processo, o invasor tem acesso às chamadas telefônicas e as mensagens de texto.
  2. Outra probabilidade seria o SIM Swap. Um fraudador se passa pela vítima utilizando de documentos falsos e dados pessoais. Com essas  informações em mãos ele consegue gerar um novo SIMCard do número roubado. Esse golpe chamado “fraude de subscrição” tem sido muito usado em aplicativos bancários. É possível combater esse golpe capturando dados biométricos com a operadora de telefonia.
Foto: Freepik

Porque a Intercept divulgou as conversas?

A Intercept Brasil diz em seu site que “informar à sociedade questões de interesse público e expor transgressões foram os princípios que os guiaram durante essa investigação, e continuarão sendo conforme continuarem a noticiar a enorme quantidade de dados a que tiverem acesso”.

O site ainda fala estar se baseando no padrão usado por jornalistas em democracia ao redor do mundo: “as informações que revelam transgressões ou engodos por parte dos poderosos devem ser noticiadas, mas as que são puramente privadas e infringiriam o direito legítimo à privacidade ou outros valores sociais devem ser preservadas”.

Frequentemente vemos nas mídias novos indícios de ataques em busca de dados e informações privadas e constatamos que o acesso a aplicativos está se tornando mais comum.

Reunimos algumas dicas no checklist abaixo para manter seus dispositivos longe das ameaças digitais:

  • Desconfie se alguém pedir algum dado de segurança.
  • Mantenha seus apps e o sistema do seu smatphone sempre com a última versão atualizada.
  • Preste atenção quando baixar novos apps. Tenha certeza se não são fakes.
  • Não repita senhas. Troque-as periodicamente com combinações complexas.

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Fonte: McAfee Network Associates Inc. © Copyright 2020.  Todos os Direitos Reservados.
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