Segurança, treinos, desempenho: IA vai ser protagonista nos Jogos Olímpicos de Paris

Na última sexta-feira (26), o Comitê Olímpico Internacional (COI) informou que irá utilizar inteligência artificial nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

As autoridades afirmaram que irão utilizar a IA para identificar atletas promissores, medir desempenho atlético, além do uso de ferramentas já disponíveis com a tecnologia, que tem finalidade de processar dados e ajudar na preparação dos atletas. 

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Há também o objetivo de usar IA para tornar os jogos mais justos, melhorando o julgamento.

“Muitas pessoas ainda acham que a IA veio para substituir pessoas, não se trata disso. Nos jogos olímpicos, não se trata de substituir atletas, não se trata de substituir treinadores, é apenas mais uma ferramenta que pode ser usada de forma positiva para um melhor desempenho”, afirma Alan Nicolas, especialista em IA e fundador da Comunidade Lendár[IA].

Os planos com inteligência artificial do COI também incluem o uso da tecnologia para proteger os atletas do assédio online. 

Outro aspecto que está sendo pensado pelo comitê é a experiência de visualização que os espectadores terão de casa, e portanto, terá IA nas transmissões dos jogos.

Os organizadores locais dos jogos de Paris foram alvos de críticas ao decidir que vão usar IA para questões de segurança, com a criação de um sistema de câmeras de vigilância que são alimentadas por inteligência artificial. 

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O objetivo, de acordo com o COI, é sinalizar riscos, como pacotes abandonados ou aumento de multidões. “Acredito que o Comitê Olímpico irá explorar o potencial da IA de uma forma responsável, que o uso só irá somar”, diz o especialista.

“A partir de nossa Agenda Olímpica, sabemos que só podemos ser líderes da mudança se adotarmos uma abordagem holística. Embora já tenhamos visto algumas iniciativas isoladas de IA em áreas específicas do esporte, ainda não houve uma estratégia geral para IA e esporte. Por isso, hoje, estamos apresentando esta primeira abordagem holística: nossa Agenda Olímpica de IA", disse o presidente do COI, Thomas Bach, na apresentação do plano feita em Londres, no início de abril.