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Seis estádios impedem instalação de Wi-Fi, dizem teles

20 mai 2014 - 17h25
(atualizado às 17h27)
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<p>Est&aacute;dio Nacional Man&eacute; Garrincha, em Bras&iacute;lia, &eacute; citado como refer&ecirc;ncia pelo sindicato das operadoras</p>
Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, é citado como referência pelo sindicato das operadoras
Foto: Paulinho Menezes/Portal da Copa / Divulgação

Representantes das operadoras de telefonia móvel aproveitaram audiência pública do Senado para reiterar críticas a administradoras de seis estádios que têm colocado dificuldades para a instalação de equipamentos. Isso, nas opiniões manifestadas por representante do setor, poderá comprometer a prestação dos serviços nos estádios durante a Copa do Mundo. A maior dificuldade tem sido a autorização para a instalação de rede Wi-Fi, equipamento que aliviaria a demanda por serviços móveis em grandes aglomerações, por possibilitar conexões sem fio a partir da rede de telefonia fixa.

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), devido à falta de autorizações, ainda não foi possível instalar as estruturas nos estádios de São Paulo, Curitiba, Recife, Fortaleza, Natal e Belo Horizonte. De acordo com a entidade, os clientes das operadoras de celular terão acesso gratuito às redes Wi-Fi instaladas por elas nos estádios.

"Para ampliar a capacidade das redes em locais de alta concentração, pode-se usar o Wi-Fi. Mas, no caso dos 12 estádios existentes, seis optaram por ter rede própria de Wi-Fi para, provavelmente, usá-la em rede comercial", disse o presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy.

O representante das operadoras citou o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, como referência, já que as autorizações e disponibilização de espaço foram feitas com antecedência. "Nele, todas as empresas se uniram para implantar uma rede única, a exemplo do que foi feito em Londres (durante as Olimpíadas de 2012)". Ele explica que cada estádio precisa de cerca de 300 antenas para dar conta da demanda. "Mas além disso, precisamos também de uma área com cerca de 200 metros quadrados para instalação de equipamentos".

De acordo com o presidente da Claro, Carlos Zenteno, a situação "mais urgente" são as dos estádios entregues por último - em especial, o de Porto Alegre, entregue em março, e o de Curitiba, entregue em abril. "Temos poucas semanas para instalar toda uma complexidade de equipamentos. O tempo está contra nós, mas (caso as empresas recebam as autorizações) vamos correr e fazer de todo o necessário para garantir qualidade (do sinal) nos estádios".

Presidente da Vivo e ex-presidente da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), Antonio Carlos Valente disse que os atrasos na entrega de infraestrutura em alguns estádios já comprometeram a realização de testes. "No Paraná e em São Paulo, não será possível fazer testes de desempenho do sistema antes dos jogos", disse ele.

Sobre o sinal em aeroportos, Valente disse que a telefonia móvel de quarta geração (4G) já instalou "soluções paliativas" nos aeroportos Santos Dumont e do Galeão (ambos no Rio de Janeiro), e nos de Congonhas (São Paulo), Salvador, Fortaleza, do Recife e de Brasília. "Estão em andamento as negociações para os aeroportos de Confins (em Minas Gerais), Porto Alegre, Curitiba, Natal, Manaus e Cuiabá, além de Viracopos e Guarulhos (ambos em São Paulo). Em todos esses ainda dependemos de espaço, de negociações ou de ambos", disse ele.

Agência Brasil Agência Brasil
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