Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Será que Elon Musk 'grokou' mesmo a IA?

Você sabe o que é Grok? Se não ouviu falar, vai ouvir muito a partir de agora

14 mar 2024 - 06h25
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Reprodução

Grok é o chatbot de Inteligência Artificial Generativa do Elon Musk. Mais precisamente da xAI, sua empresa na área. É importante? Qual a novidade?

Bem, Musk anunciou que o Grok terá código aberto. Portanto, qualquer desenvolvedor vai ter acesso a ele e poderá criar variações e soluções a partir do código. Mas isso não é tão novidade assim: a Meta é uma das muitas empresas que disponibiliza código aberto de plataformas de IA, por exemplo o MMS (Massively Multilingual Speech).

E falta a comunidade de desenvolvedores avaliar a qualidade do Grok, para julgar o quanto vale a pena investir energia nesta plataforma. Musk disse que vai abrir o código, mas não informou quando.

O objetivo prático desse anúncio é fustigar a OpenAI, que Musk está processando e acusa de "traição". Por que ele está arrumando briga com a empresa que é a maior referência em IA? Porque é assim que se ganha engajamento. E quando se trata de fazer barulho, não há empresário mais capaz do que Elon Musk.

"Grok", aliás, é uma palavra criada pelo escritor norte-americano Robert A. Heinlein, da primeira geração dos grandes da ficção científica. Significa, mais ou menos "sacar", compreender organicamente, instantaneamente uma coisa.

Foi em "Um Estranho em uma Terra Estranha", livro do longínquo 1961, que conta a história de um marciano que vem pra terra e se torna líder de uma seita, com direito a drogas e amor livre. Tudo bem anos 60. A ilustração deste post, de James Warhola, é da capa do livro e captura bem esse clima.

E a questão no final é: o quanto Elon Musk entende de fato de IA? Porque até o momento, sua visão empresarial tem sido voltada para os grandes temas da ficção científica do século 20. É uma visão futurista de muitos anos atrás: carros elétricos, viagens espaciais, energia solar, comunicação por satélite, trens hiper velozes (que não saíram do papel) e por aí vai. Tudo inspirado nos livros de ficção científica que ele leu garoto – nasceu em 1971. 

Mas a IA Generativa é outro universo, é Século 21 na veia. E talvez Elon não tenha "grokado" isso... O tempo – e a concorrência – vão determinar se, quando no futuro for contada a história da IA, Musk fará parte dela.

(*) Alex Winetzki é CEO da Woopi e diretor de P&D do Grupo Stefanini, de soluções digitais.

Homework Homework
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade