Seu filho passa horas no computador ou celular? Saiba como mantê-lo seguro
Conversas amigáveis e ferramentas de controle parental são imprescindíveis para cuidar da vida digital de um jovem
Com a crescente digitalização da educação, lazer e socialização, o uso de computadores e dispositivos móveis tornou-se parte integrante do cotidiano dos jovens. No entanto, essa exposição prolongada à internet pode acarretar riscos que vão desde golpes virtuais até impactos na saúde mental e física.
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Diante desse cenário, especialistas ouvidos pelo Terra recomendam uma abordagem equilibrada, que combine diálogo aberto, controle parental e incentivo ao uso saudável da tecnologia.
Diálogo aberto e consciente
Professor dos cursos de Tecnologia do Centro Universitário CESUCA, Arthur Marques afirma que, mais do que impor restrições, pais e responsáveis devem estabelecer um canal de comunicação aberto com os filhos sobre o uso da internet.
“Monitorar não significa vigiar de forma invasiva, mas criar um ambiente de confiança onde a criança ou adolescente se sinta confortável para compartilhar experiências e dúvidas sobre o que faz online”, ele explica.
A conscientização sobre os riscos da internet, como golpes, cyberbullying e exposição a conteúdos inapropriados, é fundamental para que os jovens desenvolvam autonomia e saibam se proteger.
Ferramentas de controle parental
Ainda segundo Marques, além do diálogo, existem ferramentas tecnológicas que auxiliam pais e responsáveis a monitorar e restringir conteúdos inapropriados. O Terra Segurança Digital é um deles, e pode ser adquirido por R$ 4,90 por mês.
Além desse software, o especialista sugere ferramentas como Qustodio, Microsoft Family Safety, Google Family Link e Kaspersky Safe Kids. Elas permitem monitorar sites visitados, tempo de uso, bloquear conteúdos inadequados, acompanhar a navegação e até mesmo rastrear a localização do dispositivo.
Contudo, essas soluções não devem ser vistas como uma forma de vigilância extrema, mas como um suporte para garantir uma navegação mais segura e equilibrada.
Configurações de privacidade e filtros de conteúdo
Segundo o especialista, o ambiente digital pode expor crianças e adolescentes a ameaças como cyberbullying, golpes e interações perigosas em redes sociais e jogos online.
Para minimizar esses riscos, ele diz, é essencial configurar controles de privacidade em redes sociais e plataformas de jogos, orientar sobre a importância de não compartilhar informações pessoais com desconhecidos e utilizar filtros de conteúdo, como o SafeSearch do Google, para bloquear materiais inadequados.
Além disso, a supervisão ativa e o conhecimento das plataformas que as crianças utilizam são estratégias fundamentais para prevenir problemas e garantir que o ambiente digital seja um espaço seguro e educativo.
“Demonizar as tecnologias não é producente, porque o problema em si não está nas ferramentas, aplicativos, sites ou redes sociais, mas no nível de consciência digital que o usuário tem a começar pelos pais”, explica a psicóloga e professora de Dependências Digitais da PUC-PR, Edwiges Parra.
- Para evitar a exposição a riscos, ela recomenda que os pais:
- Monitorem a conversa, deixando claro que a internet não é um espaço sem supervisão;
- Usem controles parentais de aplicativos e funções nativas dos celulares;
- Acompanhem os hábitos digitais, buscando saber por meio de perguntas sobre que tipo de conteúdo consomem. “Aqui a dica é demonstrar interesse genuíno”, diz.
- Criar um contrato com regras de uso, não deixando claro que o celular não é um direito absoluto, mas um privilégio com responsabilidades.
Equilíbrio e saúde
Outro ponto de atenção é o impacto do uso excessivo das telas na saúde das crianças e adolescentes. O tempo prolongado no computador pode levar a problemas como sedentarismo, distúrbios do sono e dificuldades de concentração.
Para evitar esses efeitos negativos, ambos os especialistas recomendam estabelecer pausas regulares para descanso dos olhos e alongamentos, criar horários específicos para o uso da tecnologia, especialmente antes de dormir, e incentivar atividades offline, como esportes, leituras e interações sociais presenciais.
Tempo de tela por idade
A psicóloga Edwiges Parra alerta que crianças de até dois anos não devem ter qualquer tipo de contato com telas.
“Entre dois e cinco anos, é recomendado no máximo uma hora por dia, sempre com supervisão e conteúdos educativos. Esse período pode se estender a duas horas quando a criança completar seis anos, e assim deve seguir até os 10. Entre 11 e 18 anos, é recomendado o uso de no máximo três horas diárias, priorizando o uso produtivo, evitando telas antes de dormir e monitorando impactos na saúde mental”, explica.
“O mais importante não é apenas o tempo, mas como o celular é usado, ou seja, prestar atenção a que tipos de conteúdo as crianças e adolescentes acessam. Uso excessivo pode prejudicar o sono, o desenvolvimento emocional e a capacidade de concentração.” - Edwiges Parra, psicóloga e professora do curso de Dependências Digitais da pós-graduação da PUC-PR.
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