Singapura: como a IA pode fazer uma cidade mais inteligente
É hora de a gente aprender com Singapura
As cidades precisam ser reinventadas. Ninguém está à frente de Singapura, eleita a número um no ranking de Smart Cities do planeta.
Como ela faz isso? Em grande parte, usando Inteligência Artificial.
Na área de mobilidade, Singapura analisa os dados abertos de cartões de bilhete, sensores veiculares e faz rastreamento de ônibus. Com isso, conseguiu reduzir o número de ônibus lotados em 92%. E pagamentos sem contato agilizam o transporte público para 7,5 milhões de passageiros diários.
Singapura digitalizou a assistência médica com o HealthHub para gerenciar registros médicos, tem telemedicina para consultas remotas e tele reabilitação para terapia domiciliar, monitorada por wearables. Sistemas inteligentes aprendem as rotinas dos idosos, para alertar cuidadores se cuidados urgentes forem necessários. E há até chatbots de IA para combater a solidão!
Há muito mais – inclusive a Singapura Virtual, um modelo 3D da cidade para simulações e planejamento futuro.
Claro que tudo isso exigiu muito investimento do setor público. E há muito incentivo ao setor privado para que desenvolva inovações chave para o país.
Como fazer uma cidade mais inteligente? Com gente preparada para isso. Singapura tem as iniciativas AI for Everyone e AI for Industry, que capacitam profissionais e estudantes em inteligência artificial.
Esse artigo aqui explica melhor o projeto de Singapura. Um projeto de futuro para o Brasil passa necessariamente por um projeto de futuro para as nossas cidades. Em ano de eleições municipais, que tal a gente aprender com a cidade mais smart do mundo?
(*) Alex Winetzki é CEO da Woopi e diretor de P&D do Grupo Stefanini, de soluções digitais.