Sintomas, prevenção e mais: o que sabemos sobre a gripe do tomate
Nome da doença, identificada desde maio na Índia, é alusão às bolhas vermelhas que surgem na pele das crianças infectadas
Três estados da Índia registraram casos de uma recente infecção conhecida como gripe do tomate. Os primeiros casos aconteceram em maio deste ano. Até agora, foram infectadas mais de 100 crianças de até nove anos de idade no país.
Ainda não se sabe a origem da infecção, mas cientistas descreveram na revista científica "The Lancet" as principais informações encontradas. De acordo com a publicação, a doença não representa risco de morte.
Quais são os sintomas da gripe do tomate?
Até onde sabemos, ela causa sintomas como febre alta, inchaço e dor intensa nas articulações, erupções na pele, dores no corpo, desidratação, náuseas, vômito e diarréia.
O que tem a ver a gripe com tomates?
Assim como a varíola dos macacos talvez não ter surgido de primatas, a nova gripe do tomate nada tem a ver com tomates. O nome faz alusões às irritações na pele causadas pela infecção — bolhas vermelhas que podem causar dor e aumentar de tamanho.
De onde veio a gripe do tomate?
Os cientistas citam duas hipóteses para explicar a doença. A primeira é que ela pode não ser uma nova infecção viral, mas um efeito posterior da chikungunya e da dengue em crianças. A segunda é que ela pode ser proveniente de uma nova variante do vírus que causa a doença mão-pé-boca — vírus que acomete principalmente crianças e também causa erupções na pele.
Como se prevenir ou curar a gripe do tomate?
Não há medicamentos específicos para a gripe do tomate. O tratamento para as crianças infectadas foi o mesmo da chikungunya e da dengue, já que os sintomas são semelhantes: descanso, ingestão de fluidos, paracetamol para remediar febre e dores, além do uso de esponjas com água morna para aliviar as irritações da pele.
Além disso, também foi recomendado isolamento de cinco a sete dias, contados a partir do início dos sintomas, visto que a doença é considerada muito contagiosa.
Na publicação, os cientistas ressaltam que a melhor forma de prevenir a disseminação da doença é a manutenção da higiene, sanitização dos ambientes e impedir que crianças infectadas compartilhem itens como roupas, brinquedos e comida com outras crianças.