SpaceX: Falcon 9, foguete de Elon Musk, tem voos suspensos nos EUA após explosão
Proibição visa investigação de falhas recentes ocorridas com as naves; acidente deve atrasar missão Polaris Dawn, que vai levar civis para caminhar no espaço
Foguetes Falcon 9, da SpaceX, foram proibidos de voar pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês). A retenção das naves é a segunda em dois meses e tem como objetivo a investigação da falha na tentativa de pouso que aconteceu na quarta-feira, 28. Ainda não está claro quanto tempo durará a interdição.
Como consequência, o foguete não poderá ser usado em pelo menos duas missões espaciais capitaneadas pela empresa de Elon Musk, chamadas Crew-9 e Polaris Dawn.
A Crew-9 se resume à volta dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, atualmente hospedados na Estação Espacial Internacional, à Terra.
Já a Polaris Dawn é um empreendimento em que quatro pessoas ficarão na cápsula Crew Dragon por cinco dias, batendo altitudes mais altas do que aquelas atingidas por qualquer pessoa desde o fim do programa Apollo, responsável por levar o homem à Lua.
A empresa passou por uma proibição semelhante à atual em julho, quando o Falcon 9 foi novamente protagonista. No dia 11 daquele mês, ao longo de um lançamento de satélites da Starlink, o motor da nave falhou durante a tentativa de completar o lançamento do segundo estágio do foguete.
Na ocasião, a SpaceX indicou a existência de um vazamento de oxigênio naquela parte da nave. Elon Musk descreveu o incidente como uma desmontagem rápida não programada.
O incidente mais recente teve ligação com o primeiro estágio do Falcon 9, ou seja, sua porção inferior. Houve um erro que não permitiu que essa parte do foguete pousasse corretamente em uma balsa-drone, causando sua explosão e posterior tombo nas águas do mar. Ainda assim, a entrega dos satélites que a missão tinha como objetivo ocorreu sem outros percalços.
De acordo com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, existe a ciência de que uma anomalia ocorreu durante a missão do dia 28 de agosto, apontando para a falha do propulsor da nave durante o pouso. "A FAA está exigindo uma investigação", comunicou.
Em seguida, a companhia de Musk afirmou que desistiu do lançamento de uma segunda missão da Starlink naquela noite. A meta era deixar os engenheiros investigarem o que causou a falha no pouso.