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Startup cria manteiga vegana sustentável feita de carbono

Pesquisadores desenvolvem um produto semelhante à manteiga que extrai CO2 do ar, para revolucionar a produção de alimentos

11 jul 2024 - 10h46
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Foto: Divulgação / Flipar

Pesquisadores da startup americana Savor desenvolveu um novo tipo de gordura dietética que não exige animais ou grandes áreas de terra para ser feita.

A start-up criou um produto de “manteiga” derivado do carbono, em um sistema termoquímico mais próximo do processamento de combustíveis fósseis do que da produção de alimentos. “Não há biologia envolvida em nosso processo específico”, diz Kathleen Alexander, da Savor, ao portal de notícias NewScientist.

A companhia usa um processo termoquímico para criar uma pasta rica em gordura semelhante à manteiga, usando dióxido de carbono, calor, hidrogênio e oxigênio. A empresa extrai CO2 do ar e hidrogênio da água, depois aquece e oxida esses elementos para formar gordura.

Em seguida, adiciona glicerol para formar triglicerídeos, uma forma de gordura. O processo final que realmente transforma a pasta em manteiga, é a adição de água e emulsificante, antes de finalmente incluir betacaroteno para cor e óleo de alecrim para adicionar um sabor “herbáceo”. 

"Gorduras sintéticas podem revolucionar o sistema alimentar ao fornecer calorias enquanto liberam terras para conservação e armazenamento de carbono, diz Alexander, ao New Scientist.

De acordo com Alexander, a manteiga poderia ser uma fonte de alimentos em caso de catástrofes ambientais. 

Em uma pesquisa publicada pela companhia no ano passado, os cientistas sugeriram que as gorduras sintéticas podem ter menos da metade da pegada de carbono do que as tradicionais.

Se a produção de gorduras sintéticas for movida por energia renovável e utilizar carbono capturado como matéria-prima, poderia ser "dramaticamente superior a qualquer método agrícola atual", afirma Steven Davis, da Universidade de Stanford, principal autor do estudo, em nota à imprensa.

Ele vê um potencial nos alimentos sintéticos para benefícios climáticos. "Se conseguirmos reduzir o uso de terras sintetizando produtos como óleo de palma e soja, que são intensivos em gases de efeito estufa, poderíamos realmente diminuir a quantidade de terra necessária para nossa produção de alimentos", disse.

Convencer o público a adotar gorduras sintéticas em sua dieta também pode ser complicado, admite Alexander. O produto, entretanto, ainda não foi aprovado pelas autoridades regulatórias nos Estados Unidos

Fonte: Redação Byte
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