Supercomputador do Google está mais próximo de estar à venda; entenda
O protótipo de computador quântico desenvolvido apresentou uma performance próxima ao ideal para ir ao mercado, segundo o Google
O Google divulgou na quarta-feira (22) um estudo que promete ser mais um passo à frente da concorrência na construção de um computador quântico de uso comercial.
As descobertas, publicadas na revista científica Nature, demonstram o desenvolvimento de um "qubit lógico", unidade básica de funcionamento da máquina. Esta, por sua vez, será capaz de resolver problemas muito mais complexos do que os aparelhos disponíveis no mercado, como a quebra de criptografias.
Segundo a gigante de tecnologia, o protótipo desenvolvido apresentou uma performance próxima ao ideal para a computação quântica ser disseminada na indústria e na ciência.
O grande diferencial do computador quântico do Google é o número reduzido de eventos inesperados. Esse tipo de máquina, por gerar grandes quantidades de informações de uma só vez, acaba se tornando mais propensa a produzir erros.
Mas, segundo o time de engenheiros da big tech, um arranjo inovador envolvendo diferentes qubits físicos resultou em um eficiente algoritmo de correção de erros chamado de "código de superfície" ou "códigos de repetição".
Mesmo com o novo desenvolvimento, o processador quântico do Google ainda produz erros em uma frequência considerada inadequada pela empresa — um a cada intervalo de 1.000 a 10 mil operações.
Para que o novo modelo chegue àao mercado, o Google espera um erro a cada 1 milhão ou bilhão de operações. Segundo a empresa, novos algoritmos como o último desenvolvido elevariam o índice a um erro a cada 10 milhões de operações, índice que seria suficiente para torná-lo apto a ser vendido.