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Suspensão de EAD para Direito é positiva para setor de educação, vê Morgan Stanley

19 set 2022 - 12h34
(atualizado às 13h16)
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O Morgan Stanley considerou positiva para o setor de educação a decisão do MEC de suspender os processos de credenciamento dos cursos de graduação online de Direito, avaliando que o recuo das ações na sexta-feira não era justificado.

REUTERS/Andreas Gebert
REUTERS/Andreas Gebert
Foto: Reuters

O Ministério da Educação (MEC) paralisou os processos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos de graduação em Direito, Odontologia, Psicologia e Enfermagem na modalidade a distância e instituiu um grupo de trabalho para buscar soluções regulatórias em seis meses.

A medida atendeu a um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), enquanto cursos relacionados à saúde também são sensíveis à expansão online e enfrentam resistência.

Na sexta-feira, Cogna despencou 9,2% e Yduqs perdeu 5,5%, enquanto, fora do Ibovespa, Ânima perdeu 7,4% e Cruzeiro do Sul recuou 4,5%.

Nesta segunda-feira, por volta de 12:30, Cogna avançava 7,03% e Yduqs disparava 9,83%, entre as maiores altas do Ibovespa, que tinha acréscimo de 1,14%. Ânima saltava 12,9% e Cruzeiro do Sul tinha elevação de 7,86%.

O analista Javier Martinez de Olcoz Cerdan, do banco norte-americano, destacou em relatório a clientes nesta segunda-feira que o curso de Direito é uma importante fonte de renda para as faculdades, principalmente as pequenas e médias, que não têm escala para atuar no ensino a distância (EAD).

"Após vários anos de crise no segmento presencial - redução do Fies, canibalização do EAD, Covid-19 -, a aprovação do EAD para Direito provavelmente inviabilizaria manter os campi rentáveis, potencialmente forçando muitos pequenos players a desistir e grandes players a reduzir a capacidade, bem como intensificaria a guerra de preços do EAD", escreveu.

Ele disse que, no geral, as companhias listadas estão menos expostas ao ensino presencial e têm capacidade de minimizar a pressão expandindo em EAD, como é o caso de Yduqs e Cogna, ou alavancando qualidade e marcas, como Ânima e Cruzeiro do Sul.

Para Cerdan, a notícia deve ser vista como positiva, uma vez que sustenta os cursos presenciais por mais tempo.

"Além disso, esperávamos uma aprovação irrestrita de Direito 100% online, mas desta vez o MEC está disposto a ouvir as solicitações da OAB, o que significa que o currículo pode exigir reuniões presenciais semanais", afirmou, acrescentando que isso poderia evitar uma migração excessiva para EAD.

Ele lembra que muitos hubs não têm capacidade suficiente para oferecer programas híbridos, preservando as operações presenciais e os preços de mercado até certo ponto.

Na visão do analista do Morgan Stanley, o setor educacional do Brasil está barato e os players listados estão em melhor posição para ganhar participação de mercado em relação aos grupos regionais, mas o processo de recuperação é lento e deve levar de 2 a 3 anos para se materializar.

"Dito isso, acreditamos que há alguns possíveis catalisadores a serem lembrados: pós-eleições, podemos ver novas alternativas de financiamento público, principalmente caso o Lula vença; e se as condições macro melhorarem os players listados podem acelerar", disse.

O Morgan Stanley tem recomendação 'underweight' para Cogna, com preço-alvo de 2,7 reais; 'overweight' para Yduqs, com preço-alvo de 17 reais; 'equal-weight' para Ânima, com preço-alvo de 6,5 reais; e 'overweight' para Cruzeiro do Sul, com preço-alvo de 6 reais.

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